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Pichação é diversão dos manos
da Reportagem Local
Numa região sem opções de lazer, aventurar-se pela cidade para
pichar acaba sendo o programa
preferido por grande parte dos jovens do Jardim Ângela.
"Quanto mais proibido e difícil o
local mais adrenalina a gente sente", diz o motoboy Psicose, 24.
Há várias turmas no bairro, como The Dogs, The Kaguetas, Os 7
Boys, Os + que Todos, Os Passa
Fome e As Gurias. Nas madrugadas de sexta e sábado, chegam a
pegar três ônibus para chegar ao
outro extremo da cidade, a zona
leste. "A gente vai parando e pichando tudo que encontra. A gente
vai dar "pixo' em outras áreas para
expandir nosso território", diz um
dos Dogs.
²
Grafite lucrativo
O grafite passou a ser um negócio
lucrativo para vários ex-pichadores do bairro, que decoram motos,
carros e fachadas do comércio local.
Valter de Oliveira, 23, o Vavá, é
um dos mais conhecidos. Cobra
R$ 100 para pintar o tanque de
uma moto. "Chego a fazer cinco
por mês." Os desenhos preferidos
são personagens de desenho animado", diz o grafiteiro.
Jeferson dos Santos, 19, autor do
grafite da camionete que aparece
no clipe "Diário de um Detento",
dos Racionais, chega a faturar R$
2.000 por mês.
"A moda começou na periferia e
já está crescendo pela cidade. Chego a fazer dez motos por mês e pinto até barcos", diz ele.
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