TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O que faz um filme que ainda nem estreou virar fenômeno da internet? "Snakes on a Plane", que no Brasil vai se chamar "Serpentes no Avião", é o grande campeão de zumzumzum nesta safra de filmes de verão nos EUA, o título auto-explicativo, somado ao nome cult do ator principal, Samuel L. Jackson, foram suficientes. Já está sendo chamado de "A Bruxa de Blair" de 2006.
Não é para menos. Serpentes e aviões costumam liderar as listas das grandes fobias da humanidade. E Jackson é um daqueles poucos atores que garantem uma aura cool a qualquer projeto que tenha seu nome, desde "Pulp Fiction".
Na trama, ele vive Neville Flynn, um agente da polícia federal norte-americana, e tem uma missão: levar um mafioso preso no Havaí até Los Angeles, onde o criminoso vai prestar depoimento e ajudar a polícia a prender o resto de sua gangue.
Mas, antes de o avião levantar vôo, um chefão da máfia suborna um segurança do aeroporto de Honolulu para que ele leve uma caixa até Los Angeles. Essa caixa contém nada menos que 400 serpentes venenosas e tem um dispositivo que fará com que ela seja aberta assim que o avião levantar vôo.
Aí começa a diversão. As cobras são de vários tipos e tamanhos. O estúdio New Line, responsável pelo longa de 30 milhões de dólares, havia planejado lançá-lo focado em uma audiência bem jovem, de 13 anos para cima. Mas, depois de ver algumas cenas, os produtores acharam que a nojeira era tamanha que talvez fosse o caso de proibir para menores de 17.
Aí, quem chiou foi o diretor, o ex-dublê David Ellis, que achou que o filme não era violento nem nojento o suficiente. Então, o estúdio resolveu liberar mais dinheiro e permitir que ele apimentasse o longa com mais cenas inesquecíveis, como a que uma das cobrinhas pequenas entra dentro do corpo de um dos passageiros pelo primeiro buraco que encontra... Sucesso garantido.


Texto Anterior: Flat-Pack Philosophy
Próximo Texto: + COBRAS no cinema
Índice