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Álvaro Pereira Júnior
Punks, meninas, tiozinhos ingleses
Bacana o slogan do programa "Complete Control", da rádio Indie 103.1,
de Los Angeles: "We pretty much
let anyone through the door" (a gente
deixa praticamente qualquer um entrar).
É um show que atende a pedidos de ouvintes. Ou de quase todos, pelo jeito.
Ouvinte liga para o "Complete Control",
diz que é aniversário do namorado e pede
uma música. Balada romântica? Não, Casualties, banda punk nova-iorquina. Há
salvação para a humanidade.
Daquelas que não dá para explicar: a crítica inglesa está
babando para o CD de estréia da banda canadense The
Organ. Esse som já foi descrito como o Cure com a Debbie Harry nos vocais. E é isso mesmo, com dois adendos
-é o Cure antes de a banda aprender a tocar e a Debbie
antes de virar cantora profissional. Como The Organ é
formada por cinco mocinhas bonitinhas, e críticos ingleses são uns tiozionhos tarados, aí dá para entender.
Outra inexplicável: por que o Art Brut não faz mil vezes
mais sucesso e recebe um milhão de vezes mais elogios
da crítica dos que os Arctic Monkeys? Acho o Art Brut
muito mais insolente e rock and roll do que os Monkeys.
Ouça a faixa quatro do álbum do Art Brut, "Rusted Guns
of Milan". É o Radiohead da época de "The Bends" com
vocais do Mark E. Smith, do Fall. Relendo esta nota,
achei-a bem difícil de entender. Desculpe por isso.
Enquanto roqueiros obtusos hostilizam a molecada
emo no Brasil, nos EUA o gênero está bombando. Há
duas semanas, rolou em Nova York o festival Bamboozle, dedicado ao gênero. Na platéia, 25 mil pessoas. Tocaram All-American Rejects, Fall Out Boy e mais cem
bandas. O crítico Kelefa Sanneh, do "New York Times",
encheu a bola. Confira: http://www.nytimes.com/2006/05/09/arts/music/09bamb.html.
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