São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 2006

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Álvaro Pereira Júnior

Punks, meninas, tiozinhos ingleses

Bacana o slogan do programa "Complete Control", da rádio Indie 103.1, de Los Angeles: "We pretty much let anyone through the door" (a gente deixa praticamente qualquer um entrar). É um show que atende a pedidos de ouvintes. Ou de quase todos, pelo jeito.
 
Ouvinte liga para o "Complete Control", diz que é aniversário do namorado e pede uma música. Balada romântica? Não, Casualties, banda punk nova-iorquina. Há salvação para a humanidade.
 
Daquelas que não dá para explicar: a crítica inglesa está babando para o CD de estréia da banda canadense The Organ. Esse som já foi descrito como o Cure com a Debbie Harry nos vocais. E é isso mesmo, com dois adendos -é o Cure antes de a banda aprender a tocar e a Debbie antes de virar cantora profissional. Como The Organ é formada por cinco mocinhas bonitinhas, e críticos ingleses são uns tiozionhos tarados, aí dá para entender.
 
Outra inexplicável: por que o Art Brut não faz mil vezes mais sucesso e recebe um milhão de vezes mais elogios da crítica dos que os Arctic Monkeys? Acho o Art Brut muito mais insolente e rock and roll do que os Monkeys. Ouça a faixa quatro do álbum do Art Brut, "Rusted Guns of Milan". É o Radiohead da época de "The Bends" com vocais do Mark E. Smith, do Fall. Relendo esta nota, achei-a bem difícil de entender. Desculpe por isso.
 
Enquanto roqueiros obtusos hostilizam a molecada emo no Brasil, nos EUA o gênero está bombando. Há duas semanas, rolou em Nova York o festival Bamboozle, dedicado ao gênero. Na platéia, 25 mil pessoas. Tocaram All-American Rejects, Fall Out Boy e mais cem bandas. O crítico Kelefa Sanneh, do "New York Times", encheu a bola. Confira: http://www.nytimes.com/2006/05/09/arts/music/09bamb.html.


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