São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002

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HIP HOP

Depois de muita espera, fãs dos Racionais MC's comentam novo CD

Linha de frente da guerrilha

FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL

"É nóis memo, vagabundo!"(sic), anunciam os Racionais MC's no início de "Nada como um Dia Após o Outro Dia", disco duplo lançado depois de um hiato de cinco anos em que os "trutas", os "manos", os playboys e os críticos esperaram o CD que sucederia o contundente "Sobrevivendo no Inferno", de 97.
O mistério deu lugar a dois CDs -"Chora Agora", o primeiro, e "Ri Depois", o segundo- lançados como um pelo selo do próprio grupo, o Cosa Nostra Fonográfica, e distribuídos pelo Zambia Fonográfica. No Brasil dos Racionais, como se nota, não há espaço para estrangeirismos como o "records" que acompanha o nome de 99% das distribuidoras e dos selos daqui.
A realidade cantada ali é a brasileira -a mesma de cerca de 24 milhões de pessoas que vivem no país em situação de miséria, segundo o IBGE. A poesia é na língua mais abrangente possível: segundo os Racionais MC's, o dialeto do gueto, que insistem em chamar de gíria.
Para dar conta de todas as arestas do projeto, está na capa do disco o preço sugerido pelo grupo, R$ 23,90. Quem comprar por mais, pode desconfiar.
Foi nas redondezas das Grandes Galerias, no centro de São Paulo, que reúne a cultura do rap e da periferia dos quatro cantos da cidade em um só lugar, que o Folhateen encontrou com fãs dos Racionais MC's. Depois de pagar o preço justo pela novidade, eles opinaram sobre "Nada como um Dia Após o Outro Dia".


Ligue para 0/xx/11/3471-4000, digite a opção 2 e ouça um trecho da música "V.L. (parte 1)" com os Racionais MC's.


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