São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002

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TV e celular são as próximas áreas de ocupação

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE LONDRES

Mesmo aos 40 anos, o videogame ainda está longe de perder a sua maior característica: o poder de mutação. Se a garotada dos anos 70 teve de esperar um tempão para avançar do Telejogo (gráficos em preto-e-branco e recursos limitadíssimos) para o Atari (colorido e com melhor jogabilidade), a geração 2002 fica até confusa na hora de ter que escolher o melhor console. Mais fácil foi a época em que a disputa ficava entre um encanador de nome Mário (Nintendo) ou um porco-espinho chamado Sonic (Sega).
Mas, com a entrada de gigantes como Microsoft e Sony, o mercado de games, que movimenta bilhões de dólares por ano, está mais acirrado do que nunca.
PlayStation 2 (Sony), GameCube (Nintendo) e XBox (Microsoft) têm travado intensas batalhas nas prateleiras das lojas do mundo inteiro.
Esses consoles, com seus velozes processadores de dados, já são capazes de reproduzir gráficos de alta qualidade e movimentos realistas, conectar jogadores de diversas partes do mundo e até rodar outras mídias, como CDs e DVDs. Mesmo assim, o videogame teima em seguir a sua sina e continua caminhando para a frente.
A pergunta é: qual será o próximo passo? "Possivelmente, jogos que não envolvam controles. A Sony está desenvolvendo um sistema sensível aos movimentos do jogador para o PlayStation. Acho que esse deve ser um dos caminhos", prevê Neil McConnon.
O Liquid Fire, criado pela Sony, é um exemplo desse formato. Em exibição ao público pela primeira vez, ele se transformou em um dos maiores atrativos da "Game On". Ainda em caráter experimental, o Liquid Fire possibilita a interação com um monitor de TV. Basta se posicionar na frente do sensor e se mexer. O jogador pode movimentar uma bola de fogo para todos os cantos da tela ou, conforme o movimento do corpo, provocar mudanças na textura da tela. Interessante, mas ainda muito longe de ser aplicado em um jogo mais interativo.
Os aparelhos de telefone celular também prometem participar do futuro dos games. Nokia, Motorola e Mitsubishi mantêm equipes de criação especialmente para esse tipo alternativo de plataforma, bastante popular no Japão e na Europa.
Outro caminho apontado pela mostra são os chamados "jogos de comunicação". Assim como acontece com o chaveirinho Tamagochi, a idéia é estabelecer uma relação pessoal e próxima com um caráter digital. A indústria prevê um grande aumento na demanda desse tipo de jogo para os próximos anos.(JZ)


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