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Ciência aperta o cerco diariamente contra o excesso de peso
RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi-se o tempo em que comer demais
era mera gulodice. Hoje, a ciência
trata a obesidade como calamidade pública e enche de culpa a vida de quem
está fora do peso (veja ao lado como
calcular).
Para os cientistas não há discussão
quanto aos problemas que acarretam o
fato de estar bem acima do peso ideal.
"A obesidade por si só favorece e agrava inúmeras doenças como diabetes,
hipertensão e câncer", alerta o presidente da Abeso, Joseph Repeto.
"Qualquer sobrepeso é ruim. O gordo adulto foi um gordinho na infância
e na adolescência. É algo que tende a se
perpetuar porque a gente tende a perder o controle", diz Wlademir Bacelar
do Carmo Filho, psiquiatra da infância
e adolescência.
Aliada às preocupações das autoridades de saúde, a ciência bombardeia
diariamente a internet com resultados
de estudos apontando o diabo na figura dos portadores de quilos a mais. O
Folhateen recolheu títulos de estudos
recentes divulgados nas agências de
notícia e na internet. Veja o que deu:
"Escolas do Rio de Janeiro e Florianópolis param de vender e de fazer
propaganda de doces, de refrigerantes
e de outros alimentos hipercalóricos";
"Mulheres gordas têm maior propensão a câncer de mama";
"Alimentos hipercalóricos podem ter
de pagar mais impostos";
"Crianças britânicas vão ter o peso
registrado em seus boletins escolares";
"Homens obesos têm QI menor";
"Gordos podem ter mais chance de
morrer em colisões";
"Obesidade reduz qualidade de vida
de crianças e de jovens";
"Peso da população dos EUA pode
ser medido por satélite".
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