São Paulo, segunda, 23 de fevereiro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

politicamente incorreto
Nova febre dos EUA chega em maio

LEANDRO FORTINO
free-lance para a Folha

Quem chorou a morte de Beavis & Butt-Head pode voltar a comemorar. Um substituto à altura da infame dupla chega ao Brasil em maio. É o desenho animado "South Park", febre atual entre os jovens americanos, que foi tema da reportagem de capa das últimas edições das duas revistas de música pop mais importantes dos EUA -"Spin" e "Rolling Stone".
Exibido pelo canal americano Comedy Central (no Brasil, vai ser apresentado pelo canal pago Multishow, da Globosat), "South Park" atingiu a maior audiência da emissora: 4,5 milhões de pessoas ligadas ao mesmo tempo.
São quatro garotinhos de 8 anos que estudam na 6ª série (no Brasil) e moram em South Park.
O desenho foi criado por Trey Parker e Matt Stone, que se conheceram no curso de cinema da Universidade do Colorado, EUA.
Assim como nos precursores "Beavis & Butt-Head" e "Os Simpsons", ser politicamente incorreto é a ordem em "South Park". "Não vejo uma surra destas desde Rodney King", diz o comentarista do jogo de futebol americano entre escolas em um dos primeiros episódios da série, "O Cão Gay".
No capítulo, o protagonista Stan encontra o cachorro gay Sparky (dublado pelo Batman George Clooney), que, depois de humilhado, foge para o "Abrigo dos Animais Gays". Stan encontra o cão e aprende uma lição de moral: "Ser gay é legal. Faz parte da natureza". Mas, claro, é incompreendido pela população da cidade.
Completando o quarteto principal estão o judeu Kyle, o gorducho Cartman e Kenny, que sempre morre no final, seguido da frase: "Meu Deus! Mataram Kenny!", que já virou marca registrada.
Astros da música também marcam presença na série. O tema de abertura é da banda Primus, e um dos personagens, Chef, é dublado pelo cantor de soul Isaac Hayes.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.