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Sexo & Saúde
Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br
A importância da camisinha
"Estava transando com meu namorado, em um lugar escuro,
quando senti um líquido escorrendo em grande quantidade.
Era sangue! Percebi que saiu do pênis dele. Ele reclamou de
uma ardência passageira. Há risco de infecção?"
"Deixei uma garota fazer sexo oral em mim, sem camisinha.
Ela não tinha feridas na boca, mas acho que tem
comportamentos de risco. Posso ter contraído doenças?"
DUAS DÚVIDAS hoje mais focadas na
questão do risco das doenças transmitidas pelo sexo (DSTs). Depois do medo de engravidar, essa é a segunda preocupação mais comum para a maior parte dos jovens que já fazem sexo. E
como ficam esses riscos?
Só para lembrar: o uso do preservativo (camisinha)
em todos os contatos sexuais mais íntimos (incluindo aí
o sexo oral) é o padrão de comportamento mais seguro
para evitar essas doenças.
Do ponto de vista prático, a gente sabe que muito pouca gente se previne no sexo oral. Nesse caso, o risco é
sempre maior para quem pratica do que para quem recebe o sexo oral. Isso acontece porque a pessoa que pratica entra em contato com mais secreções (do pênis ou
da vagina) do que quem recebe (que fica em contato, basicamente, com a saliva do parceiro).
No sexo oral, a transmissão do vírus HIV (causador da
Aids) não é a prática de maior risco. Mas, para outros tipos de DST, como sífilis, gonorreia e herpes, o sexo oral
pode apresentar um perigo maior do que se imagina.
Mudando um pouco de assunto: sangramentos no pênis não são muito comuns nos contatos sexuais. Ou o garoto já tinha alguma alteração prévia no pênis ou nos
testículos (que precisa ser investigada pelo urologista),
ou ele pode ter se ferido no momento da relação. De
qualquer forma, se isso não passar ou se repetir, um médico deve ser procurado.
Se o casal estivesse usando camisinha, provavelmente
a garota não teria entrado em contato direto com o sangue que saiu do pênis do garoto, evitando
maiores dores de cabeça. Essa é uma
das grandes vantagens do preservativo! Mas, como o incidente já ocorreu,
é importante investigar se o garoto
tem algum problema de saúde (inclusive DSTs) e saber qual foi o grau de
exposição da garota (se o sangue, por
exemplo, também entrou na vagina,
que é uma área mais sensível).
O sangue é um tipo de secreção que
aumenta, sim, o risco de transmissão
das DSTs, mas, se o garoto não tem nenhum problema (o que deve ser constatado por um médico e por exames),
não há maiores preocupações. Da
próxima vez, não se esqueçam da
proteção!
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