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comportamento
Vestibular ainda exige manuscritos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A maioria dos adolescentes
que não gosta de escrever à
mão cita um temido inimigo: a
redação dos vestibulares.
"Não é uma questão de beleza. A letra pode ser feia, desde
que seja legível. Por outro lado,
algumas pessoas têm uma letra
bonita, mas inventam muito e
acabam comprometendo a legibilidade do texto", diz Lilian
Passarelli, coordenadora da
banca de correção de redação
do vestibular da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
Para ela, pouca gente vai descuidar da escrita manual, exigida atualmente pelos sistemas
de admissão em universidades,
concursos públicos e muitos
empregos no Brasil. E esse cenário não deve mudar tão cedo.
"A PUC, por exemplo, tem 26
mil candidatos por ano. Será
que teremos condições de fazer
um vestibular totalmente informatizado, com um computador por aluno, levando em
conta que não pode ser a máquina do próprio aluno?"
Mais importante é o registro
pessoal, opinam educadores.
"A letra é sua marca registrada,
seu diferencial. É a prova de
que você esteve aqui", diz Raquel Caruso, do EDAC. "Por
que as pessoas pedem autógrafos dos seus ídolos ou uma dedicatória do autor no livro? E-mail? Eu posso pedir para a minha secretária escrever e assinar o meu nome."
(DÉBORA YURI)
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