São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009

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comportamento

Vestibular ainda exige manuscritos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A maioria dos adolescentes que não gosta de escrever à mão cita um temido inimigo: a redação dos vestibulares.
"Não é uma questão de beleza. A letra pode ser feia, desde que seja legível. Por outro lado, algumas pessoas têm uma letra bonita, mas inventam muito e acabam comprometendo a legibilidade do texto", diz Lilian Passarelli, coordenadora da banca de correção de redação do vestibular da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
Para ela, pouca gente vai descuidar da escrita manual, exigida atualmente pelos sistemas de admissão em universidades, concursos públicos e muitos empregos no Brasil. E esse cenário não deve mudar tão cedo.
"A PUC, por exemplo, tem 26 mil candidatos por ano. Será que teremos condições de fazer um vestibular totalmente informatizado, com um computador por aluno, levando em conta que não pode ser a máquina do próprio aluno?"
Mais importante é o registro pessoal, opinam educadores. "A letra é sua marca registrada, seu diferencial. É a prova de que você esteve aqui", diz Raquel Caruso, do EDAC. "Por que as pessoas pedem autógrafos dos seus ídolos ou uma dedicatória do autor no livro? E-mail? Eu posso pedir para a minha secretária escrever e assinar o meu nome." (DÉBORA YURI)


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