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Distúrbios podem ser causadores da letra feia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Garranchos" no papel e
dificuldade para escrever
manualmente podem ser indicadores de distúrbios.
Os sinais de alerta são letras muito grandes ou pequenas; traços fortes ou fracos demais; incapacidade de
seguir a linha reta ou de chegar sempre ao fim da linha.
A letra feia pode estar ligada à disgrafia, inabilidade
para a escrita cursiva.
"É a letra ruim, causada
por déficit motor, alteração
articular na mão ou, em casos mais graves, alteração do
sistema nervoso", explica o
neurologista infantil Luiz
Celso Vilanova, da Unifesp
(Universidade Federal de
São Paulo). "O problema não
é agravado pelo computador. Ele ajuda quem sofre
para escrever."
Já a dislexia é a dificuldade de aprender a ler, soletrar
e escrever; nem todos os disléxicos são disgráficos, mas a
maioria é. Artistas como
Van Gogh e Michelangelo
eram tidos como disléxicos.
A dispraxia é uma disfunção neurológica que impede
o indivíduo de fazer movimentos repetidos -Daniel
Radcliffe, o Harry Potter do
cinema, é um dos que a tem.
Canhotos forçados a serem destros também costumam penar para escrever.
"Eu emprestava meus cadernos para as minhas amigas e elas não entendiam nada do que eu tinha escrito.
Nem eu entendia, não conseguia estudar porque não
dava para ler a minha letra",
conta Verônica Charatz, 11,
que sofre de disgrafia.
Na matemática, mais sufoco: "Eu não fechava o 0,
parecia um 6. Não cortava o
sinal de "+", parecia um "-". As
contas davam errado".
Depois de aulas de caligrafia e revisão de textos na escola, ela conseguiu fazer letras e sinais legíveis.
"Me esforço muito. Quando tenho que entregar um
trabalho à mão, faço o rascunho do rascunho para sair
bom. No computador é mais
fácil, mas nem sempre eu
quero escrever assim. Preciso mandar uma carta para
minha melhor amiga, que
está morando nos EUA. Não
quero mandar e-mail."
(DY)
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