São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 2011

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Alunos árabes driblam desde revolução até visto enrolado

DO ENVIADO A LOS ANGELES

Ulululululululululululai! Com a mão sobre a boca, as garotas da Arábia Saudita comemoram os prêmios. O gritinho agudo, liberado também por times como Jordânia e Líbano, é um radar para localizar os alunos árabes.
Entre eles, o egípcio Ahmed Hussein, 17, do colégio Mubarak. "Sim, igual ao presidente", explica. Depois, corrige. "Ex-presidente!"
Hosni Mubarak foi deposto em fevereiro, no Egito, após três décadas no poder.
A revolução pôs obstáculos na pesquisa de Ahmed, sobre a produção de hidrogênio por cupins. Os animaizinhos morreram enquanto ele participava de protestos. Seu irmão também, como mártir.
Passado o luto, retomou a pesquisa. Não foi premiado, mas quer voltar e ganhar uma bolsa de estudos nos EUA. Por causa do bom ensino? "Não! Porque eles têm muitos cupins no país!", diz.
As palestinas Tala Abuhelal, 17, e Abeer Rabee, 16, transformaram escassez em diferencial ao criar um macaco hidráulico a partir de reciclagem. "Improvisamos com o que tínhamos", diz Tala.
Isso após conseguir um difícil visto aos EUA -negado a alguns colegas da Palestina.
O projeto da jordaniana Zeina Qasiem, 16, tinha aroma local de outro jeito. Ela descobriu como prolongar a vida de flores -útil para uma região fã das plantas.
"Flores são a coisa mais incrível da natureza, mas não gosto de ganhá-las porque morrem muito rápido." (DB)


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