São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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MÚSICA

Cantora Anastacia cria o estilo "sprock" e viaja entre ritmos, enquanto faz campanha para prevenção do câncer de mama

Soul, pop e rock

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao fazer uma cirurgia para redução de seios, a cantora americana Anastacia (que já passou dos 30 e não revela a idade), descobriu, no início do ano passado, algo que mudaria a vida dela para sempre: um câncer de mama. A experiência está em duas músicas de seu novo CD, "Anastacia", recém-lançado no Brasil.
"Fiquei mais direcionada a ajudar os outros. Abri um fundo de conscientização de câncer de mama para mulheres jovens, que também ajuda a financiar pesquisas. Quero mostrar para as jovens que isso pode acontecer com elas e que a vida não acaba por causa disso. Câncer de mama não faz mais parte da realidade de mulheres mais velhas. É importante apresentar a realidade e ajudar outras mulheres", explica Anastacia.
Ela contou ao Folhateen que nunca havia se preocupado com isso. "Nunca fiz o auto-exame. Descobri por acidente, após uma cirurgia de redução de seios, para evitar futuros problemas nas costas, pois quanto mais velha você fica pioram os problemas das costas. Mas creio que os meus problemas nas costas eram piores porque, na verdade, meu corpo lutava contra o câncer."
Hoje, Anastacia se sente ótima. "Está tudo maravilhoso, sinto-me mais forte, melhor, preparando minha turnê, que começa no dia 25 de setembro, em Amsterdã."
Sobre a turnê passar pelo Brasil, por enquanto é só um sonho da cantora. "Quero muito fazer uma turnê para a América do Sul, porque eu estive no Brasil." Anastacia já veio ao Brasil? "Não, na verdade eu nunca estive no Brasil. Rio...? Espere um minuto, deixe eu me lembrar do mapa. Não, eu nunca estive no Brasil, pois tenho certeza de que me lembraria disso. Nunca estive no Brasil, nunca estive na Grécia, há muitos lugares no mundo que eu gostaria de conhecer. É uma pena que muitas vezes não seja apenas uma escolha minha, a gravadora decide o que é melhor e tenho de respeitar."

"Sprock"
No seu novo CD, Anastacia deixa de lado a dance music e parte para o nu-metal. Ela define o estilo como "sprock", uma mistura de soul (o "esse"), pop (o "pê") e rock.
"Não escuto bandas como Linkin Park ou Evanescence, mas acho fascinante o que eles fazem. Embora haja similaridades com essas bandas, minha voz e o lugar de onde venho são completamente diferentes. Minha voz é cheia de soul e paixão, não entro no estúdio e saio gritando, no estilo rock. Pareço mais com Tina Turner e Aretha Franklin, de soul, minha música se encaixa no estilo de Alanis Morissette e Evanescence, mas minhas letras têm o apelo pop. Não conheço muitos artistas que se encaixem nessa categoria." (LEANDRO FORTINO)

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