São Paulo, segunda-feira, 23 de agosto de 2004

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Mortadelo e quem?!

DIEGO ASSIS

Chega aos cinemas nesta sexta, a 498ª adaptação (só neste ano!) de histórias em quadrinhos para a tela grande: "Mortadelo e Salaminho - Agentes Quase Secretos". Como é que é?! Se você nunca ouviu falar, fique tranqüilo. É que os personagens, criados em 1958 pelo espanhol Francisco Ibáñez, não são, como se diz, "da nossa época". Publicadas aqui nas extintas RGE e Cedibra, suas histórias já fizeram um sucesso tremendo na Europa e, apesar do tom infantil que o nome da dupla possa sugerir, são repletas de tiradas absurdas e referências a personalidades políticas das últimas décadas -de Bill Clinton ao general Pinochet, do príncipe Charles ao ex-premiê espanhol José Maria Aznar.
As tramas, bem ao sabor do clima de Guerra Fria que imperava na vida e na ficção das décadas de 60 e 70, giram em torno de dois espiões, os tais Mortadelo e Salaminho (ou Filémon, em espanhol), que trabalham para uma certa T.I.A. (Técnica em Informações Avançadas). Mestre dos disfarces... ridículos, o mortadélico agente, claro, tem também direito a seu cientista maluco da vez: o Professor Bactério.
A sinopse do filme conta que uma perigosa invenção de Bactério foi roubada por um ditador de Tirania. O chefão da T.I.A., cansado das trapalhadas de nosso heróis, contrata o convencido detetive Freddy Mazas para recuperá-la, mas... se dá mal. E o trabalho, inevitavelmente, cai nas mãos de Mortadelo e Salaminho. Parece bobo? Pode ser, não vi ainda, mas a julgar pelas imagens de divulgação e pelos primeiros comentários de quem já viu, o tal Javier Fesser, se manteve bastante fiel ao espírito original dos personagens.
Uma coisa é certa: pior que "Mulher-Gato" não tem como ser!

Um minuto de silêncio...

... pela morte da equipe de super-heróis mais bacana dos quadrinhos. Chega às bancas americanas na próxima quarta-feira o 26º e último número da revista "X-Statix", escrita por Peter Milligan e desenhada por Mike Alred. Dos traços cartunescos de Alred às maluquices escritas por Milligan para seus "reality-heróis", ególatras e milionários, "X-Statix" era certamente uma das boas razões para continuar acompanhando o novelão mexicano da Marvel. Que retornem os caretaços de "X-Force"...


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