São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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GASTRONOMIA

Não é bolinho, não

"Cupcake" vira moda no Brasil; jovens abrem confeitarias especializadas no bolo gringo

CHICO FELITTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O "cupcake" não nasceu para ser bonito. O bolinho com formato e altura de xícara foi inventado nos EUA porque dispensava o uso de pratos e de talheres, explica Heloísa Rodrigues, 38, coordenadora de gastronomia da Universidade Anhembi-Morumbi.
Mas calhou de o "cupcake" conquistar o mundo por sua aparência. Assado em forminhas de papel, com coberturas coloridas feitas de manteiga (o "buttercream") e salpicado de confeitos frufrus, o doce individual agora cresce no Brasil. E jovens entram nesse mercado.
Rachel Barakat, 22, e Marcel Milesi, 22, se formaram em gastronomia no Rio há menos de um ano, mas sua confeitaria Honey Cakes já se expande.
Começaram em casa, mas alugaram uma cozinha para, em oito horas de trabalho diário, dar conta de fazer 600 bolos, de R$ 4 cada um, por mês.
Atribuem o sucesso à divulgação por internet e às novidades: para o Natal, a dupla bolou o "cuppanetone": massa de panetone e cobertura a escolher.
Já Renata Sereguetti, 23, de SP, começou no bolo por acaso. Trabalhava em uma doceria francesa "chique" até a irmã pedir uma fornada de "cupcakes" para dar às alunas.
"No dia em que ela distribuiu, já vieram várias encomendas." Abriu com uma sócia a Love Cupcakes, que já vendeu 3.000 unidades em uma semana, diz, e tem entre a clientela marcas como a Lacoste.
Mas, para conquistar o mercado, teve de trabalhar em fins de semana e em feriados.
"Há produtos que só fazemos perto de Dia dos Pais, de Dia das Mães etc., como o recheado de Nutella." É no momento em que os outros se divertem que os "boleirinhos" vendem mais.

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