|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GASTRONOMIA
Não é bolinho, não
"Cupcake" vira moda no Brasil; jovens abrem confeitarias especializadas no bolo gringo
CHICO FELITTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O "cupcake" não nasceu
para ser bonito. O bolinho com formato e altura de xícara foi inventado nos
EUA porque dispensava o uso
de pratos e de talheres, explica
Heloísa Rodrigues, 38, coordenadora de gastronomia da Universidade Anhembi-Morumbi.
Mas calhou de o "cupcake"
conquistar o mundo por sua
aparência. Assado em forminhas de papel, com coberturas
coloridas feitas de manteiga (o
"buttercream") e salpicado de
confeitos frufrus, o doce individual agora cresce no Brasil. E
jovens entram nesse mercado.
Rachel Barakat, 22, e Marcel
Milesi, 22, se formaram em gastronomia no Rio há menos de
um ano, mas sua confeitaria
Honey Cakes já se expande.
Começaram em casa, mas
alugaram uma cozinha para,
em oito horas de trabalho diário, dar conta de fazer 600 bolos, de R$ 4 cada um, por mês.
Atribuem o sucesso à divulgação por internet e às novidades: para o Natal, a dupla bolou
o "cuppanetone": massa de panetone e cobertura a escolher.
Já Renata Sereguetti, 23, de
SP, começou no bolo por acaso.
Trabalhava em uma doceria
francesa "chique" até a irmã
pedir uma fornada de "cupcakes" para dar às alunas.
"No dia em que ela distribuiu, já vieram várias encomendas." Abriu com uma sócia
a Love Cupcakes, que já vendeu
3.000 unidades em uma semana, diz, e tem entre a clientela
marcas como a Lacoste.
Mas, para conquistar o mercado, teve de trabalhar em fins
de semana e em feriados.
"Há produtos que só fazemos
perto de Dia dos Pais, de Dia
das Mães etc., como o recheado
de Nutella." É no momento em
que os outros se divertem que
os "boleirinhos" vendem mais.
Texto Anterior: Internets - Ronaldo Lemos: Que personagem de "Lost" você é? Próximo Texto: Animê: Cavaleiros do Zodíaco (made in Brazil) Índice
|