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Critério de participação no Conselho da Juventude provoca polêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das propostas que vêm provocando mais polêmica até agora é o critério
de representação em um futuro Conselho da Juventude, órgão para acompanhar a implementação de políticas públicas para os jovens. Pelo critério do relatório preliminar, participariam do conselho associações juvenis representativas
de pelo menos dois terços dos Estados e
que reúnam no mínimo 10 mil jovens,
além de organizações tradicionais.
Para o coordenador da Juventude da
Prefeitura de São Paulo, Alexandre
Youssef, a proposta é excludente. "Isso
restringe a participação aos movimentos
de sempre. No Mapa da Juventude de
São Paulo foram identificados 1.609 grupos de jovens, a maioria sem vinculação
a nenhum grande movimento, ou seja,
ficariam de fora", diz.
O presidente da UNE (União Nacional
dos Estudantes), Gustavo Petta, 23, defende a criação do Conselho Nacional da
Juventude. "É preciso criar algum mecanismo de representação, talvez por meio
da Abong (Associação Brasileira de
ONGs), para que todas as organizações
tenham assento no conselho", diz.
A representatividade dos jovens na
Conferência Nacional da Juventude também está gerando críticas. "Não há um
caráter organizado de representação,
com delegados. Vai quem pode", diz Livia de Tommasi, do projeto Redes e Juventudes, que mora em Recife.
(AK)
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