São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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Critério de participação no Conselho da Juventude provoca polêmica

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das propostas que vêm provocando mais polêmica até agora é o critério de representação em um futuro Conselho da Juventude, órgão para acompanhar a implementação de políticas públicas para os jovens. Pelo critério do relatório preliminar, participariam do conselho associações juvenis representativas de pelo menos dois terços dos Estados e que reúnam no mínimo 10 mil jovens, além de organizações tradicionais.
Para o coordenador da Juventude da Prefeitura de São Paulo, Alexandre Youssef, a proposta é excludente. "Isso restringe a participação aos movimentos de sempre. No Mapa da Juventude de São Paulo foram identificados 1.609 grupos de jovens, a maioria sem vinculação a nenhum grande movimento, ou seja, ficariam de fora", diz.
O presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Gustavo Petta, 23, defende a criação do Conselho Nacional da Juventude. "É preciso criar algum mecanismo de representação, talvez por meio da Abong (Associação Brasileira de ONGs), para que todas as organizações tenham assento no conselho", diz.
A representatividade dos jovens na Conferência Nacional da Juventude também está gerando críticas. "Não há um caráter organizado de representação, com delegados. Vai quem pode", diz Livia de Tommasi, do projeto Redes e Juventudes, que mora em Recife. (AK)


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