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PROIBIDÃO
Funk com cérebro O nome é proibidão. É a vertente menos badalada do
funk do Rio de Janeiro e é também a que prega a existência de contexto social no movimento.
MC Catra, 32, funkeiro da zona norte do Rio há mais
de 15 anos, diz que esse é o estilo de funk que realmente
estourou no Rio nos anos 90. "Trata da realidade da favela e do descaso da sociedade. Passou a ser "proibidão"
porque não é interessante que se toque nesses temas."
Em 94, Catra fundou o Movimento Funk Consciente,
que segue a linha dos proibidões. "O papel do funk é
conscientizar e informar porque vem da favela, que é o
lugar que mais precisa de consciência social", explica.
Nem por isso Catra recrimina a moda de popozudas e
tigrões. "O funk sensual está aí e isso é bom. A rapaziada
vai saber que existem letras que a mídia não foi buscar."
"Não se pode generalizar. Há coisas boas e ruins.
Funk também tem idéia de paz, justiça, liberdade e melhoramento, assim como o hip hop."
Catra faz shows em Nova York em março e vai virar
personagem de um filme sobre o funk carioca rodado
pelo norte-americano Fab 5 Fredy, que já apresentou o
"Yo! MTV Rap" dos EUA e dirigiu "White Style".
(FM)
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