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São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 2003

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+SAÚDE

Andar na beira do abismo é tolice das grandes

DO COLUNISTA DA FOLHA

Hoje a gente encerra a discussão sobre a pesquisa do CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), de 2001, que revelava que boa parte dos jovens americanos, apesar de bem informados, exageram no álcool e nas drogas, transam sem camisinha, guiam depois de beber e têm hábitos de vida pouco saudáveis. No Brasil, não é muito diferente. A pergunta é: por quê?
Várias hipóteses foram formuladas, mas os especialistas concordam que as causas da relação mais próxima com o risco são emocionais. É como se a emoção passasse uma rasteira na razão.
Na hora da transa, as meninas acham que dá para confiar no cara, que transar sem camisinha dá um status especial ao relacionamento. Os meninos querem sentir mais, acham que camisinha atrapalha sua performance etc.
Viver a vida com mais emoção e mostrar que podem vencer desafios fazem com que muitos jovens ignorem os perigos de dirigir embriagados ou sem usar cinto de segurança. Com a droga, a vontade de passar por emoções diferentes faz com que os riscos sejam ignorados.
OK! Ser jovem carrega uma dose gostosa de desafio, de inovação e de descoberta. Mas essas coisas todas devem (e podem) ser feitas sem que a pessoa corra perigo o tempo todo. Fechar os olhos e fingir que o risco não existe não é sinal de juventude, é tolice das grandes. (JB)

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