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+SAÚDE
Andar na beira do abismo é tolice das grandes
DO COLUNISTA DA FOLHA
Hoje a gente encerra a discussão sobre a
pesquisa do CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA),
de 2001, que revelava que boa parte dos
jovens americanos, apesar de bem informados, exageram no álcool e nas drogas,
transam sem camisinha, guiam depois
de beber e têm hábitos de vida pouco
saudáveis. No Brasil, não é muito diferente. A pergunta é: por quê?
Várias hipóteses foram formuladas,
mas os especialistas concordam que as
causas da relação mais próxima com o
risco são emocionais. É como se a emoção passasse uma rasteira na razão.
Na hora da transa, as meninas acham
que dá para confiar no cara, que transar
sem camisinha dá um status especial ao
relacionamento. Os meninos querem
sentir mais, acham que camisinha atrapalha sua performance etc.
Viver a vida com mais emoção e mostrar que podem vencer desafios fazem
com que muitos jovens ignorem os perigos de dirigir embriagados ou sem usar
cinto de segurança. Com a droga, a vontade de passar por emoções diferentes
faz com que os riscos sejam ignorados.
OK! Ser jovem carrega uma dose gostosa de desafio, de inovação e de descoberta. Mas essas coisas todas devem (e
podem) ser feitas sem que a pessoa corra
perigo o tempo todo. Fechar os olhos e
fingir que o risco não existe não é sinal de
juventude, é tolice das grandes. (JB)
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