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SEXO & SAÚDE
Precocidade
e cuidados
Uma pesquisa divulgada nos EUA na última
semana pelo Centro Nacional de Estatísticas em Saúde e publicada pelo jornal "The
New York Times" mostrou que os homens
têm mais parceiras sexuais do que as mulheres, que mais da metade dos adolescentes americanos
já fez sexo oral e que 14% das mulheres jovens já "ficaram" com outras mulheres.
Foram entrevistados 12.571 homens e mulheres entre 15
e 44 anos. Eles deixavam suas respostas num laptop, sem
ter que passar pelo eventual constrangimento de revelar a
intimidade a um pesquisador. De acordo com os dados,
homens entre 30 e 44 anos já tiveram, em média, seis a oito parceiras. As mulheres tiveram cerca de quatro parceiros.
Uma grande pesquisa feita no final da década de 90 no
Brasil, pelo Ministério da Saúde em parceria com o Cebrap, mostrou o mesmo tipo de informação: os homens
têm mais variabilidade de parceiras sexuais nas diversas
faixas de idade.
Outro dado: mais da metade dos jovens de 15 a 19 anos
já fizeram sexo oral. Um quarto dos adolescentes que
nunca transaram também já praticou sexo oral. E a quantidade de jovens que já deram ou receberam sexo oral foi
superior a dos que já tinham tido uma relação sexual.
14% das mulheres entre 18 e 29 anos disseram que já tinham tido pelo menos uma experiência com outra mulher. Entre os homens, esse número é a metade. Apesar
desse número alto ter surpreendido os pesquisadores, é
curioso notar que ele aparece em um momento em que
especialistas discutem um certo "modismo" de
mulheres ficarem com outras mulheres.
Os dados da pesquisa não revelaram a
idade da primeira transa nem a freqüência com que os jovens americanos fazem sexo. Mas uma outra, do CDC de Atlanta (Youth
Risk Behaviour), de 2001, mostrava que, em média, "apenas"
33% dos jovens americanos de 10
a 24 não tinham feito sexo nos
três meses antes da pesquisa.
No Brasil, metade dos garotos e um
terço das garotas já tiveram sua primeira
relação sexual antes dos 15. E mais de
66% dos jovens entre 16 e 25 estavam sexualmente ativos no ano
anterior à pesquisa, de acordo
com Ministério da Saúde.
A pergunta que fica: será que, com essa precocidade, com
essa variação de parceiros e experiências
e com essa intimidade toda com o sexo
oral, as pessoas estão se cuidando como deveriam?
email: jbouer@uol.com.br
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