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EDUCAÇÃO
Fórum Mundial discutiu alternativas para a era global
Banco mundial de idéias
ARMANDO PEREIRA FILHO
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Conhecer a realidade de
um país -a Escócia- em que as escolas
públicas são consideradas de qualidade e têm
vagas para todos até os 16
anos, mas no qual os adolescentes não querem saber de estudar porque
acham que não vão conseguir nada com isso.
Descobrir os detalhes
de um programa que
avalia o abuso de bebidas
alcoólicas entre estudantes do ensino médio brasileiro. Saber como está
se comportando sexualmente o adolescente dentro das escolas do país ou
como esses jovens podem se tornar educadores sexuais dentro de
suas comunidades.
Essas foram algumas
das possibilidades para
quem participou do 2º
Fórum Mundial da Educação, em Porto Alegre,
entre domingo e quarta-feira da semana passada.
O evento reuniu, segundo os organizadores,
15 mil participantes de
cerca de cem países. Dentro da lógica do fórum
social, que termina amanhã, o fórum da educação também é dominado
pelo pensamento de esquerda e pela crítica à
globalização e ao neoliberalismo -modelos
nos quais os governos reduzem sua atuação em
áreas como educação e as
empresas aumentam sua
participação.
Havia muito discurso
ideológico, camisetas de
Che Guevara, bandeiras e
bonés de Cuba, velhas
palavras de ordem - a
favor da ilha de Fidel Castro, pela paz no Iraque e
contra as ações "imperialistas" dos EUA.
Mas também havia reflexão sobre o dia-a-dia
do ensino. Foram apresentados quase 800 trabalhos sobre temas como
financiamento estudantil, mercantilização da
educação, qualidade dos
cursos, aprendizagem
contínua, analfabetismo,
qualificação de professores e causas da evasão escolar.
O encontro terminou
com uma declaração que
propõe a universalização
do ensino grátis em todos
os níveis. Para tentar
atingir resultados reais, o
fórum quer criar uma
Plataforma Mundial de
Educação, que tentaria
influenciar na aprovação
de políticas públicas no
mundo que permitam alcançar seus objetivos.
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