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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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CINEMA

Jason e Freddy lutam pelo domínio do terror

Pipoca com Ketchup

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles são mais do que rapazes maus, são a encarnação do próprio mal. E vão se enfrentar no cinema num desses embates sem limites, até a morte. Ou melhor, até a próxima ressurreição.
Jason Voorhees, com cerca de 130 mortes nas costas, e Freddy Krueger, com pouco mais de 30 vítimas, que se batem agora em "Jason vs Freddy", são velhos conhecidos dos amantes do terror.
O primeiro é o protagonista da série "Sexta-Feira 13", que já rendeu dez filmes desde 1980, e o segundo é o bicho-papão atualizado em "A Hora do Pesadelo", série inaugurada em 1984 e que teve mais seis continuações.
Embora os dois só cheguem às vias de fato agora, quase 20 anos depois de viverem marés altas e baixas de bilheteria, para quem curtia filmes sanguinolentos nos anos 80, a briga é antiga.
Os primeiros filmes de Jason e de Freddy coincidem com o boom do vídeo no Brasil, que começou a ser mais difundido em 84.
Adolescente nessa época, lembro não só das discussões sobre qual dos dois era mais apavorante mas também dos fins de semana regados a vídeos de terror. O legal dessas baladas era a identificação com os protagonistas, quase todos adolescentes e transgressores -fumavam maconha, bebiam, transavam e, por conta desses "pecados", morriam violentamente.
Jason era imbatível nessa fórmula, e, para seus defensores, uma cena de nudez causava tanta excitação quanto uma machadada na cabeça.
Quem era do time do Freddy, achava o Jason meio primário. De fato, "A Hora do Pesadelo" é mais cheio de imaginação, impregnado pelo sobrenatural. Dá menos sustos, mas mais medo.
Agora que essas discussões devem voltar, se arme de pipoca e ketchup e reveja o melhor das séries: as partes dois, três e nove do "Sexta-Feira 13" e um, três e sete de "A Hora do Pesadelo".
(GUILHERME WERNECK)


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