São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 2006

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Por que John Peel foi tão importante?

DA REPORTAGEM LOCAL

John Peel (1959-2004) tocava o novo rock inglês, de bandas como Pink Floyd, Rod Stewart e Jethro Tull... nos anos 70.
O radialista mostrou pela primeira vez no Reino Unido o som de bandas alternativas dos EUA, como The Velvet Underground e Captain Beefheart... nos anos 60.
O som dos Ramones chegou à Europa pelas mãos desse cara de Liverpool, mesma terra dos Beatles, que também o reverenciavam.
O pós-punk e a cena independente inglesa dos anos 80, que, tanto direta quanto indiretamente, influenciaram o grunge e outros estilos de rock contemporâneos, só se mantiveram vivos graças a John Peel, que abriu o microfone para bandas de sonoridade sombria, como Joy Division, The Fall e Siouxsie and the Banshees.
Ainda em 1990, quando Nirvana era uma palavra que fazia sentido apenas para quem era budista, Kurt Cobain e seus parceiros já voavam pelas ondas de rádio de John Peel.
As sessões musicais no estúdio da BBC de Londres sempre romperam as barreiras da música pop, seja do rap, do hardcore, do reggae e da música étnica. Nas suas últimas transmissões, até produtores de música eletrônica, como Dave Clarke, tiveram a chance.
A morte de John Peel deixou um silêncio na música pop. Pena, porque silêncio sempre foi tudo o que ele sempre evitou. (LF)

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