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Por que John Peel foi tão importante?
DA REPORTAGEM LOCAL
John Peel (1959-2004) tocava o novo rock inglês, de
bandas como Pink Floyd,
Rod Stewart e Jethro
Tull... nos anos 70.
O radialista mostrou
pela primeira vez no Reino Unido o som de bandas alternativas dos EUA,
como The Velvet Underground e Captain Beefheart... nos anos 60.
O som dos Ramones
chegou à Europa pelas
mãos desse cara de Liverpool, mesma terra dos
Beatles, que também o
reverenciavam.
O pós-punk e a cena independente inglesa dos
anos 80, que, tanto direta
quanto indiretamente,
influenciaram o grunge e
outros estilos de rock
contemporâneos, só se
mantiveram vivos graças
a John Peel, que abriu o
microfone para bandas
de sonoridade sombria,
como Joy Division, The
Fall e Siouxsie and the
Banshees.
Ainda em 1990, quando Nirvana era uma palavra que fazia sentido apenas para quem era budista, Kurt Cobain e seus
parceiros já voavam pelas
ondas de rádio de John
Peel.
As sessões musicais no
estúdio da BBC de Londres sempre romperam
as barreiras da música
pop, seja do rap, do hardcore, do reggae e da música étnica. Nas suas últimas transmissões, até
produtores de música
eletrônica, como Dave
Clarke, tiveram a chance.
A morte de John Peel
deixou um silêncio na
música pop. Pena, porque silêncio sempre foi
tudo o que ele sempre
evitou.
(LF)
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