São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2000


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Milhões de sites esperam por sua visita, e eles bem que merecem continuar esperando

Sites pessoais são o elo perdido da Internet

ALEXANDRE VERSIGNASSI
ESPECIAL PARA A FOLHA


Tirando um ou outro grotão perdido em Roraima ou na Antártida, já não existem lugares inexplorados no planeta. Mas, como sabemos, o mesmo não pode ser dito sobre a web. O grosso dela ainda é uma grande mata virgem, cheia de sites que esperam pela chegada de algum visitante desavisado.
Por um lado, isso é até bom, já que sempre há a possibilidade de se deparar com algo desconhecido de vez em quando. Só que os resultados nem sempre são muito frutíferos.
Imagine só: depois de escalar esta montanha, http://152.157.10.51/Hs/Pages/BEPhotoInternet/ Period4/Lisa/SITE.html E.html, você pensa que vai chegar aonde? A arquivos secretos da marinha russa que revelam a verdade por trás daquele desastre com o submarino? Não. Você vai ver a página da Lisa, uma singela garota gringa. São três fotos dela, duas do namorado, uma da banda Deftones, dois links para lugar nenhum e só. Vácuo total.
Nada contra páginas despretensiosas. Só que nem a avó da Lisa deve ter paciência para visitar o site da neta. Certo que, há alguns anos, um site pessoal era um lugar para isso mesmo: colocar fotos de sua viagem à Bahia e pedir que algum amigo se desse ao trabalho de ver. Mas, agora que a Internet já passou de 1 bilhão de páginas, fica difícil que esse tipo de site saia do limbo.
É aquela coisa darwinista: quem não muda conforme o ambiente acaba se dando mal. Mas isso não significa que a existência de páginas pessoais não faça mais sentido.
Veja o caso da americana Ashley Powers, de 15 anos. O site que ela fez (www.goosehead.com) não tem nada de mais e recebe uns 100 mil visitantes por mês. O segredo: a menina fez o roteiro e filmou, com uma câmera de mão, um seriado em que ela e meia dúzia de vizinhos são os personagens. Aí, de 15 em 15 dias, ela vai colocando no site um capítulo novo. Acabou que, após alguns meses de propaganda boca-a-boca, a página já tinha essa audiência toda.
Tudo bem que isso não é o tipo de coisa que acontece com qualquer um. Mas não custa tentar a sorte. Ainda mais porque ter um lugar na rede está muito mais fácil do que era antes.
Hoje, várias empresas oferecem ferramentas bem simples para a construção de sites, além de espaço em seus servidores para que elas possam ficar hospedadas de graça. É o caso da Yahoo (www.yahoo.com.br) e da Netscape (www.netscape.com), por exemplo.
O problema é que, nesse tipo de serviço, a página não ganha um endereço que comece com www e termine em .com ou .net. Para resolver isso, passe em www.namezero.com. Ele deixa você registrar um domínio de graça e usá-lo na sua página. Mas, depois de um ano, você terá de pagar. Não há boiada que dure para sempre, certo?

E-mail -
aversignassi@uol.com.br




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