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TECNO
Milhões de sites esperam por sua visita, e eles bem que merecem continuar esperando
Sites pessoais são o elo perdido da Internet
ALEXANDRE VERSIGNASSI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Tirando um ou outro grotão perdido em Roraima ou na Antártida, já não existem lugares
inexplorados no planeta. Mas, como sabemos, o
mesmo não pode ser dito sobre a web. O grosso
dela ainda é uma grande mata virgem, cheia de
sites que esperam pela chegada de algum visitante desavisado.
Por um lado, isso é até bom, já que sempre há a
possibilidade de se deparar com algo desconhecido de vez em quando. Só que os resultados
nem sempre são muito frutíferos.
Imagine só: depois de escalar esta montanha,
http://152.157.10.51/Hs/Pages/BEPhotoInternet/ Period4/Lisa/SITE.html E.html, você
pensa que vai chegar aonde? A arquivos secretos
da marinha russa que revelam a verdade por trás
daquele desastre com o submarino? Não. Você
vai ver a página da Lisa, uma singela garota gringa. São três fotos dela, duas do namorado, uma
da banda Deftones, dois links para lugar nenhum e só. Vácuo total.
Nada contra páginas despretensiosas. Só que
nem a avó da Lisa deve ter paciência para visitar
o site da neta. Certo que, há alguns anos, um site
pessoal era um lugar para isso mesmo: colocar
fotos de sua viagem à Bahia e pedir que algum
amigo se desse ao trabalho de ver. Mas, agora
que a Internet já passou de 1 bilhão de páginas,
fica difícil que esse tipo de site saia do limbo.
É aquela coisa darwinista: quem não muda
conforme o ambiente acaba se dando mal. Mas
isso não significa que a existência de páginas
pessoais não faça mais sentido.
Veja o caso da americana Ashley Powers, de 15
anos. O site que ela fez (www.goosehead.com)
não tem nada de mais e recebe uns 100 mil visitantes por mês. O segredo: a menina fez o roteiro
e filmou, com uma câmera de mão, um seriado
em que ela e meia dúzia de vizinhos são os personagens. Aí, de 15 em 15 dias, ela vai colocando
no site um capítulo novo. Acabou que, após alguns meses de propaganda boca-a-boca, a página já tinha essa audiência toda.
Tudo bem que isso não é o tipo de coisa que
acontece com qualquer um. Mas não custa tentar a sorte. Ainda mais porque ter um lugar na
rede está muito mais fácil do que era antes.
Hoje, várias empresas oferecem ferramentas
bem simples para a construção de sites, além de
espaço em seus servidores para que elas possam
ficar hospedadas de graça. É o caso da Yahoo
(www.yahoo.com.br) e da Netscape
(www.netscape.com), por exemplo.
O problema é que, nesse tipo de serviço, a página não ganha um endereço que comece com
www e termine em .com ou .net. Para resolver isso, passe em www.namezero.com. Ele deixa você registrar um domínio de graça e usá-lo na sua
página. Mas, depois de um ano, você terá de pagar. Não há boiada que dure para sempre, certo?
E-mail -
aversignassi@uol.com.br
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