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Cinema
Perseguição de namorados
Estréia da comédia "Minha Super Ex-Namorada" mexe com assunto polêmico: quando um dos lados não aceita o término da relação
JOÃO PAPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
NO RIO DE JANEIRO
Em "Minha Super Ex-Namorada", Matt
Saunders (Luke
Wilson) é um arquiteto que conhece
Jenny (Uma Thurman). Os
dois começam a namorar mas,
em pouco tempo, Matt percebe
que ela é ciumenta e possessiva
e, por isso, resolve terminar a
relação. O problema é que
Jenny é também G-Girl, uma
super heroína que até então lutava pelo bem de todos. Agora,
porém, passa a aterrorizar Matt
com seus superpoderes.
A história, que rende uma divertida comédia nos cinemas,
vira drama na vida real. É o caso
de Catarina (nome fictício), 18.
Aos 15, ela começou um namoro, mas rapidamente a relação
ficou ruim e desgastante.
"Fui dormir na casa de uma
amiga e ele ficou me ligando para me mandar ir dormir. Eu fingi que havia dormido e ele não
acreditou", diz. "No dia seguinte ele falou que ia se matar, que
não confiava mais em mim. Fui
até a casa dele, contei que não
queria mais. Ele me apontou a
arma do pai. Falou que me mataria se eu terminasse."
Continuaram por algum
tempo antes de Catarina conseguir acabar o namoro. Os problemas, porém, não pararam
por aí. "Durante um ano, ele me
ligou todos os dias, às vezes
mais de três vezes por dia", diz
ela. "Ele sempre teve muito dinheiro. Cresceu tendo tudo que
via nos comerciais. Acho que
me via como mais uma posse."
No caso de Clarissa (nome
fictício), 16, quem perseguiu o
ex foi ela. Após o término do namoro, fez coisas das quais se arrepende hoje. "Eu tinha raiva
da menina com quem ele ficou
depois, mas não me sentia dona
de ninguém", diz.
"Eu entrava no e-mail dele e
apagava tudo que ela enviava
antes de ele ler. Ligava sempre,
mesmo depois de ele dizer que
não queria mais falar comigo".
Hoje, jura que se arrepende.
"Eu deveria ter pensado mais
no lado dele. Agi por impulso.
Não sei se ele já me perdoou."
Ivan Reitman, diretor de
"Minha Super Ex-Namorada",
esteve no Rio de Janeiro na semana passada. Reitman, que
produziu o primeiro "Os Caça-Fantasmas" (1984) e dirigiu o
segundo, de 1989, contou ao
Folhateen que nunca passou
por essa situação complicada.
"Estive casado por 36 anos,
então não tive muitas chances
de perseguir ou ser perseguido", afirmou.
JOÃO PAPA viajou para o Rio de Janeiro a convite da Fox
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