São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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POP TEEN

Novas cantoras também compõem e tocam instrumentos

Essas garotas não mostram o umbigo

TETÉ RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM NOVA YORK

Prepare-se para a invasão de uma nova leva de garotas roqueiras cheias de atitude. Elas têm pouco a ver com Britney Spears e Christina Aguilera, já que tocam seus próprios instrumentos, compõem suas próprias músicas e não se sentem obrigadas a mostrar o umbigo.
Nos EUA, onde as meninas surgiram, elas estão sendo chamadas de "the authentic girls", ou "as garotas autênticas", por causa desses motivos. A primeira a aparecer foi Michelle Branch, 19, que lançou em agosto de 2001 o CD "The Spirit Room" e já vendeu 1 milhão de cópias.
Fã dos Beatles, de Jimi Hendrix e do Led Zeppelin, Michelle ganhou sua primeira guitarra aos 14 anos e imediatamente começou a tocar e a compor. Em 2000, com 17 anos, lançou seu primeiro CD, independente, todo com músicas dela, chamado "Broken Bracelet".
Não fez sucesso de público, mas conquistou uma fã importante, Madonna, que a levou para sua gravadora, a Maverick Records, por onde foi lançado no ano passado "The Spirit Room".
Vanessa Carlton, 21, lançou "Be Not Nobody" em abril e já vendeu 300 mil cópias. Faz um pop que pode ser definido como uma mistura de Fiona Apple com Tori Amos, mas sem tanto melodrama.
A mais nova e mais bem-sucedida de todas é Avril Lavigne (leia texto abaixo), 17, canadense, skatista e cujo primeiro CD, que acabou de ser lançado, "Let Go", estreou no oitavo lugar na parada da revista "Billboard" deste mês. O primeiro single, "Complicated", não pára de tocar na MTV americana e já pulou para o quarto lugar da "Billboard".
Mas, se a principal qualidade dessa nova geração de garotas do pop é que elas são autênticas (ou "orgânicas", como também têm sido chamadas por aqui, ao contrário das "fabricadas" Britney e Aguilera), a maior dúvida das gravadoras é se suas músicas vão atingir o nível de sucesso e/ou grudar tanto quanto, por exemplo, "Oops... I Did it Again".
Talvez não. Mas há esperança. Afinal, quem ainda suporta assistir a shows em que os músicos não aparecem?


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