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"Não tenho nada a ver com Britney"
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM NOVA YORK
"Não tenho o menor interesse em vender o meu corpo. Quero vender minha música." A frase define Avril Lavigne e abriu a entrevista exclusiva dada à
Folha. Ela não tem interesse, mas bem
que poderia. Avril é linda e loira. É baixinha, mas tem um corpo em forma por
conta do esporte que pratica: skate.
A garota nasceu e foi criada em Napanee, uma cidade de 5.000 habitantes, e
abandonou a escola para tentar a sorte
em Nova York.
Filha de uma família ultra-religiosa,
Avril descobriu na igreja sua vocação.
"Comecei a cantar no coral, mas logo
percebi que o que queria mesmo era cantar sozinha", disse. Passou então a frequentar feiras de música country.
Em uma dessas feiras estava L.A. Redi,
produtor da gravadora Arista, que a convidou para gravar um disco.
As comparações com Britney Spears
começaram cedo e de cara irritaram
Avril. "Não tenho nada a ver com ela. Ela
usa playback e vende a bunda e os peitos
muito mais do que as músicas. E por que
se preocupar com a Britney se existe Madonna, que já fez tudo o que ela ainda sonha fazer, só que muito melhor?"
Sua banda preferida é Goo Goo Dolls e
o xingamento que mais usa é "retardada" (em frases como "Essas meninas que
fingem ser virgens são umas retardadas"
ou "Meninos que querem parecer mais
velhos são uns retardados").
Avril parece ter chegado para ficar.
Mas, como garantia, ela ainda pensa no
que vai fazer se não conseguir viver de
sua música: "Viro policial na hora. Não
vou aceitar qualquer coisa só para continuar me vendo na MTV. E preciso de um
trabalho que tenha algum perigo e muita
emoção".
(TETÉ RIBEIRO)
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