São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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Um encontro com Gisele Bündchen nas montanhas de Hollywood

Márcio Fernandes/ Folha Imagem
A top Gisele Bündchen desfila na São Paulo Fashion Week


Quase 21h de sábado. É inverno em Malibu, perto de Los Angeles (oeste dos EUA). Faltam poucos dias para o Natal do ano 2000.
Uma balconista da loja de café Starbucks grita: "Telefone para o Ian! Tem algum Ian aqui?".
Você já deve ter percebido que meu nome não é Ian, mas, como eu já esperava por uma pessoa fazia QUATRO horas, achei que pudesse ser para mim. "Ian? Sou eu."
Era mesmo. Uma assessora de Gisele Bündchen explicava que a modelo poderia finalmente me receber. Só que não em Malibu, o lugar combinado, mas em Hollywood Hills, a mais de uma hora, de carro, do ponto onde eu estava.
Eu disse o endereço para o cinegrafista sueco que esperava comigo. "Tranquilo, vamos nessa. É longe, mas eu sei onde é."
O motivo do encontro era curioso. O "Fantástico", onde eu trabalhava e trabalho, promove, no Natal, um amigo secreto de celebridades. O amigo de Gisele mandou para ela um enorme cachorro de pelúcia.
Gisele ia receber o cachorro no Brasil. Furou. Depois, Nova York. Deu bolo. L.A. era a última esperança. O programa de Natal estava sendo finalizado. Só faltava isso. O cachorro foi despachado do Brasil para a Califórnia. Cabia a mim entregá-lo.
Chegamos, finalmente, à casa de Hollywood Hills. Bonita, espaçosa, com piscina e vista. Parecida com as de bairros brasileiros de classe média alta, como Jardim Botânico (Rio), ou Alto de Pinheiros (SP).
Pensei que Gisele estaria cercada de assessores. Nada. Ela mesma atendeu a porta, cabelos presos, jeans e camiseta de David Bowie. No mais, só uma amiga, Yvette, com quem Gisele falava inglês. Yvette era tão mal-humorada que aprendi uma nova expressão, não muito fina, com o cinegrafista: "sour puss". Deduza o significado.
Gisele, em compensação, foi um doce. Alegre, recebeu o presente, nos tratou muito bem. Não poderia ter sido mais charmosa e simpática.
Tão simpática, que arrisquei: "Gisele, nunca mais você vai estar, sozinha, em casa, com um repórter do "Fantástico", sem assessores por perto. Não quer me dar uma entrevista?". Ela concordou.
Lembrei dessa história californiana depois de ler, nesta semana, que Gisele, em sua recente temporada paulistana , pegou R$ 40 mil em roupas numa loja e não queria pagar. E, que, pressionada, ligou para um amigo biliardário mandar o cheque.
Fiquei pensando nisso e no movimento de rotação, aquele da Terra, que gira em torno de seu próprio eixo. As voltas do mundo, entende?


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