São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 2002

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ESTANTE

O resultado de uma amizade que casou as letras com as artes plásticas

De vez em quando acontece de dois artistas se encontrarem numa amizade que passa adiante do tempo e do espaço. Foi o caso de dois grandes artistas brasileiros, ambos mortos: Jorge Amado e Carybé. Do primeiro todo mundo ouviu falar, do segundo nem tanto.
Mas é uma pena. Porque Carybé (1911-1997) foi um pintor de grande sensibilidade para o registro da vida popular, especialmente daquela que transcorre na terra que ele escolheu morar -Salvador, Bahia. Ele nasceu na Argentina, perto de Buenos Aires, filho de um imigrante italiano e de uma brasileira. Andou pela Europa e pela América, de todos os jeitos que se possa imaginar, olhando as coisas e tentando fixá-las. Mas foi no Brasil que ele aportou.
Daí conheceu Jorge Amado e com ele cultivou esse milagre que é a amizade, que no caso deles chegou ao compadrio, à família e até mesmo à religião, que eles compartilharam. Bem, e agora o melhor: isso ficou registrado num belo livro, lançado há algum tempo mas ainda agora interessante, vigoroso, prazeroso para a leitura e a apreciação. Chama-se "O Capeta Carybé", uma espécie de grande homenagem de Jorge Amado ao amigo.
Trata-se de um texto mais ou menos biográfico sobre Carybé, escrito em tom absolutamente informal, amistoso, quase como uma conversa. E em cada página ímpar vem uma reprodução de quadro ou de escultura do artista.

E-mail: fischerl@uol.com.br


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