São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

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Saúde

25% de motoristas mortos em 2005 eram jovens

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando tinha 22 anos, Vitor, hoje com 24, entrou com seu carro no meio de uma praça em São Paulo, voltando de uma balada. "Eu estava muito bêbado. Até tinha noção do perigo, mas achava que tinha condições de dirigir", diz o estudante.
Por sorte, o acidente não teve vítimas. A praça estava vazia, e Vitor não se machucou. Depois disso, ele garante que nunca mais pegou o carro bêbado. "Peço para algum amigo sóbrio dirigir ou pego um táxi. Eu poderia ter morrido naquele dia ou, o que é pior, ter matado alguém", observa.
Haroldo, 21, também já correu perigo quando pegou carona com um amigo bêbado. "O cara passou no sinal vermelho, e um ônibus bateu na porta do passageiro, em que eu estava sentado", lembra. Por sorte, novamente nada aconteceu.
Os dois estudantes estão na faixa etária que mais bebe. Segundo o estudo da Unifesp, 63% dos jovens de 18 a 24 anos consomem mais de três doses em um dia. Entre os que têm de 25 a 34 anos, esse índice cai para 55% e continua em queda conforme a idade avança.
Nem todos os casos em que há combinação de álcool e direção têm final feliz como esses. Segundo um estudo da faculdade de medicina da USP, 25% dos condutores de veículos mortos em 2005 em SP tinham entre 18 e 25 anos.
Desses, 54% tinham índice de concentração de álcool no sangue acima do permitido por lei (0,6 gramas de álcool por litro de sangue, o equivalente a duas ou três latas de cerveja).
Os dados, que integram a dissertação de mestrado de Julio Ponce, foram obtidos a partir do cruzamento de informações do IML e da CET.(LC)

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