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livros
Clássicos rimados
Obras célebres como "Os Miseráveis"
e "O Alienista" ganham versões de cordel
DA REPORTAGEM LOCAL
De tempos em tempos vem alguém e
adapta os clássicos
-aqueles livros
que, uma hora ou
outra, você vai acabar lendo-,
transformando histórias manjadas, como a do corcunda de
Notre Dame, em alguma coisa
nova, como o desenho da Disney, de 1996.
Outro exemplo: a editora Nova Alexandria começou a lançar, no ano passado, a coleção
"Clássicos em Cordel". Na primeira leva, quatro livros foram
reescritos na linguagem e no
ritmo do cordel, gênero tradicional no nordeste brasileiro.
Os primeiros foram "Os Miseráveis" e "O Corcunda de Notre Dame", de Victor Hugo, e "O
Alienista" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. Agora chegou a vez
de "As Aventuras de Robinson
Crusoé", de Daniel Defoe, "A
Megera Domada", de William
Shakespeare e "As Sete Viagens
Fabulosas do Marinheiro Simbad", de autoria desconhecida.
Em vez do texto em prosa, os
livros em cordel trazem estrofes com seis versos cada, com
sete rimas poéticas no esquema
"xaxaxa" (em que os versos "a"
rimam e os "x", não). Se precisar de um exemplo para entender, veja ao lado as estrofes que
o Folhateen escolheu de cada.
E lembre-se de que "o cordel
pode ser lido em voz alta", como sugere Marco Haurélio,
poeta que adaptou "A Megera
Domada". "Eles têm uma cadência própria", explica.
(DB)
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