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Viagem solitária exige disciplina e preparo mental
VILFREDO SCHÜRMANN
ESPECIAL PARA A FOLHA
O maior desafio de Zac e Mike na tentativa de se tornarem
o mais jovem a circum-navegar
solitário o globo é o fato de eles
velejarem sozinhos. Eles têm
que ter preparo psicológico e
disciplina, porque não têm ninguém para dar uma dica em um
momento extremo.
O Zac praticamente nasceu
no veleiro e sempre teve o incentivo de sua família, que é velejadora, para realizar o seu antigo sonho de dar uma volta ao
mundo. Ele tem uma vasta experiência em longa travessia e
um bom conhecimento para
resolver imprevistos.
O barco dele é um veleiro de
cruzeiro, mais lento e condizente com o trajeto escolhido,
que é mais tranquilo, com ventos, correntes e mares favoráveis na maior parte da rota.
O Mike é diferente, é regateiro. Sua rota é mais complicada,
tem mais riscos. Daqui para
frente, virão dias difíceis, com
ventos fortes e constantes.
Além disso, seu barco é maior e
mais leve, construído em fibra
de carbono e de regata, que exige muito mais trabalho do tripulante com a regulagem das
velas. O veleiro dele é de duas a
três vezes mais rápido e navegá-lo é mais desgastante.
Para mim, navegar é paz de
espírito, é viver mais perto da
natureza, exatamente o que o
Zac está fazendo. Mike quer bater o recorde e correrá riscos
maiores. Tudo dependerá das
condições meteorológicas que
cada um enfrentará. Se não
acontecer nenhum imprevisto,
creio que o Mike chegará antes.
VILFREDO SCHÜRMANN , 60, economista e velejador profissional, deu duas voltas ao mundo
de barco com sua família e registrou suas aventuras no filme "O Mundo em Duas Voltas"
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