GUILHERME WERNECK
DA REPORTAGEM LOCAL

Assim como a soja transgênica -que possui o pesticida em sua própria constituição para vencer as pragas-, os sapos albinos do White Frogs usam o seu veneno de anfíbio para sobreviver na independência.
O veneno é o hardcore melódico que essa banda de Santos mantém afiado desde 1993, quando ainda não era "cool" fazer hardcore melódico.
Para comemorar uma década na ativa, a banda prepara uma série de shows e um novo disco, em pré-produção, que será lançado no fim do ano.
Em São Paulo, o show acontece no próximo domingo, 6/7, às 17h, no Black Jack Rock Bar (av. Adolfo Pinheiro, 1.671, 0/ xx/11/5521-3319).
Quem for ver os sapos, verá também uma nova formação da banda, que agora é um quarteto composto por Henrique Nardi (vocal), João Veloso Jr. (baixo), Denis Eduardo (guitarra) e Frederico Dias (bateria).
Mas, formação nova é quase uma constante na banda liderada pelo baixista João Veloso Jr., 27. "Nesses dez anos, passaram pelo White Frogs cinco vocalistas, seis bateristas e quatro guitarristas."
Além da rotatividade, outra característica da banda é ser a preferida para abrir shows de gringos (como Bad Religion, NOFX, Down by Law, Agent Orange, Man or Astro Man e Shelter) no Brasil, o que lhe rendeu o apelido de "abre frogs".
"O que aconteceu é que durante uns três anos, só chamavam a gente para tocar com banda estrangeira. O importante é que a gente está tocando."
Para ver a lista completa dos shows de dez anos do White Frogs, vá ao site www.whitefrogs.com.