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A linguagem da sarjeta nos poemas diretos e cativantes de Bukowski
LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA
Se você nunca leu, algum dia terá que
se encontrar com Charles Bukowski. Por quê? Porque ele foi um dos primeiros escritores a misturar, despudoradamente, a vida pessoal, a literatura,
a linguagem da sarjeta e uma imensa
vontade de comentar as intimidades
que em geral preferimos esconder.
Sua vida mais ou menos explica o caminho literário: nascido em 1920, na
Alemanha, migra para os Estados Unidos e torna-se um alcoólatra já na adolescência por motivos típicos: o pai, militar, batia nele. Tudo isso, misturado
com uma sensibilidade à flor da pele,
resultou numa carreira radical e tortuosa pela poesia e, depois, pela prosa.
Um bom começo para conhecer sua
obra é a antologia de sua poesia, "Os 25
Melhores Poemas", com edição bilíngue (inglês-português) e tradução caprichada. Aí, em longos poemas, aparecem seus temas prediletos numa linguagem lisa, direta e cativante à sua
maneira: "uma mexicana gorda na fila
da minha frente / deposita seus últimos
dois dólares tudo trocadinho".
Bukowski morreu em 1999, após
uma vida cheia de baixos e baixos, que,
no entanto, rendeu uma bela obra literária, que merece a leitura.
"Os 25 Melhores Poemas"
Autor: Charles Bukowski
Editora: Bertrand Brasil
Contato: 0/xx/21/2585-2070
Quanto: R$ 32
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