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São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2003

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A linguagem da sarjeta nos poemas diretos e cativantes de Bukowski

LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

Se você nunca leu, algum dia terá que se encontrar com Charles Bukowski. Por quê? Porque ele foi um dos primeiros escritores a misturar, despudoradamente, a vida pessoal, a literatura, a linguagem da sarjeta e uma imensa vontade de comentar as intimidades que em geral preferimos esconder.
Sua vida mais ou menos explica o caminho literário: nascido em 1920, na Alemanha, migra para os Estados Unidos e torna-se um alcoólatra já na adolescência por motivos típicos: o pai, militar, batia nele. Tudo isso, misturado com uma sensibilidade à flor da pele, resultou numa carreira radical e tortuosa pela poesia e, depois, pela prosa.
Um bom começo para conhecer sua obra é a antologia de sua poesia, "Os 25 Melhores Poemas", com edição bilíngue (inglês-português) e tradução caprichada. Aí, em longos poemas, aparecem seus temas prediletos numa linguagem lisa, direta e cativante à sua maneira: "uma mexicana gorda na fila da minha frente / deposita seus últimos dois dólares tudo trocadinho".
Bukowski morreu em 1999, após uma vida cheia de baixos e baixos, que, no entanto, rendeu uma bela obra literária, que merece a leitura.


"Os 25 Melhores Poemas"
Autor: Charles Bukowski
Editora: Bertrand Brasil
Contato: 0/xx/21/2585-2070
Quanto: R$ 32



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