|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Teste do sofá
COUCH SURFING REÚNE 2 MILHÕES
DE VIAJANTES
QUE CONHECEM
NOVAS CULTURAS DORMINDO
NUM SOFÁ
IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO
ELISÂNGELA ROXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Participe da criação de
um mundo melhor, um sofá
de cada vez." Essa é a ideia
do Couch Surfing (surfe de
sofá), rede on-line que reúne
mais de 2 milhões de membros em 77 mil cidades.
Como? Ofereça o sofá para
um viajante. Ou peça um. No
Couch Surfing (ou CS, para
os íntimos) não há cobrança
de diária, como em hotéis.
O sistema é baseado na
confiança. Referências positivas ou negativas são postadas nos perfis de viajantes e
hospedadores, que não podem alterá-las.
Mais do que um cantinho
para largar seu mochilão, o
bacana é a troca cultural, dizem os surfistas de sofá ouvidos pelo Folhateen.
Rodrigo Oliveira, 18, já recebeu nove gringos. "Ver que
você fez parte da jornada de
uma pessoa não tem preço."
Oliveira só não tem boas
recordações de um hóspede
inglês "bastante folgado",
que não lavava as próprias
louças e atrapalhava a rotina
da casa, por ser baladeiro.
Talita Torres, 23, calcula
ter conhecido 70 novos amigos pelo Couch Surfing, na
Turquia e na Europa.
PARA MAIORES
Por motivos de segurança,
a comunidade não permite
usuários menores de 18 anos.
Mesmo assim, os jovens
são maioria: 40% dos surfistas têm entre 18 e 24 anos.
Russo, Vadim Novozhilov,
24, teve sua primeira experiência no CS em São Paulo.
"Não é só conseguir um
canto para dormir de graça,
mas, sim, ter a experiência de
conhecer uma cultura de verdade", diz Novozhilov.
Por meio do CS, Leandro
Provença, 23, conheceu um
professor nos Estados Unidos, deu aulas para crianças
por um dia e até jogou futebol com elas.
"Não é o tipo de coisa que
acontece com quem viaja e fica em hotel, né?"
Texto Anterior: Na estrada - Mayra Dias Gomes: Quem eu não quero seguir no Twitter Próximo Texto: Depoimento positivo: Hóspede especial na Itália Índice
|