São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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Teste do sofá

COUCH SURFING REÚNE 2 MILHÕES DE VIAJANTES QUE CONHECEM NOVAS CULTURAS DORMINDO NUM SOFÁ

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO
ELISÂNGELA ROXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Participe da criação de um mundo melhor, um sofá de cada vez." Essa é a ideia do Couch Surfing (surfe de sofá), rede on-line que reúne mais de 2 milhões de membros em 77 mil cidades.
Como? Ofereça o sofá para um viajante. Ou peça um. No Couch Surfing (ou CS, para os íntimos) não há cobrança de diária, como em hotéis.
O sistema é baseado na confiança. Referências positivas ou negativas são postadas nos perfis de viajantes e hospedadores, que não podem alterá-las.
Mais do que um cantinho para largar seu mochilão, o bacana é a troca cultural, dizem os surfistas de sofá ouvidos pelo Folhateen.
Rodrigo Oliveira, 18, já recebeu nove gringos. "Ver que você fez parte da jornada de uma pessoa não tem preço."
Oliveira só não tem boas recordações de um hóspede inglês "bastante folgado", que não lavava as próprias louças e atrapalhava a rotina da casa, por ser baladeiro.
Talita Torres, 23, calcula ter conhecido 70 novos amigos pelo Couch Surfing, na Turquia e na Europa.

PARA MAIORES
Por motivos de segurança, a comunidade não permite usuários menores de 18 anos.
Mesmo assim, os jovens são maioria: 40% dos surfistas têm entre 18 e 24 anos.
Russo, Vadim Novozhilov, 24, teve sua primeira experiência no CS em São Paulo.
"Não é só conseguir um canto para dormir de graça, mas, sim, ter a experiência de conhecer uma cultura de verdade", diz Novozhilov.
Por meio do CS, Leandro Provença, 23, conheceu um professor nos Estados Unidos, deu aulas para crianças por um dia e até jogou futebol com elas.
"Não é o tipo de coisa que acontece com quem viaja e fica em hotel, né?"


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