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ENSINO EMPRESARIAL EM 1999, O PAÍS TINHA APENAS 20 INSTITUIÇÕES, QUE OFERECEM DE TREINAMENTO A MBA Brasil supera marca de cem unidades corporativas
LUIS RENATO STRAUSS DA REPORTAGEM LOCAL O Brasil já superou a marca de cem universidades corporativas, segundo especialistas e o Ministério do Desenvolvimento. É um aumento significativo para o país, que no início da década de 90 não contava sequer dez instituições desse tipo -estima-se que, em 1999, havia apenas 20 delas. A universidade corporativa é uma instituição de ensino diferente da que o vestibulando está acostumado a ver. A maior diferença é que sempre está ligada a algum tipo de empresa, como bancos, indústrias e companhias prestadoras de serviço, e não emite diploma de graduação. Os cursos são para funcionários, revendedores, pessoas de empresas terceirizadas, clientes e outros envolvidos no negócio. O Brasil ainda está longe de alcançar os Estados Unidos, que lideram a criação desse tipo de universidade. Lá, são mais de 2.000 empresas que já aderiram ao método empresarial de ensino. Segundo a Confederação Nacional das Indústrias, o número de instituições naquele país pode passar de 4.000 em 2010, o que irá superar a quantidade de universidades tradicionais. Nos EUA, apesar de o conceito de universidade corporativa ter sido criado em 1955 pela General Motors, o grande impulso do setor ocorreu somente nos anos 80. Os cursos oferecidos são os mais diversos. Podem ensinar a prática do trabalho para novos funcionários, dar técnicas avançadas de administração para a diretoria, envolver grandes nomes do marketing para o pessoal do setor e, inclusive, oferecer um MBA (pós-graduação "lato sensu", que não dá diploma de mestrado ou doutorado). Não é comum que seja oferecida uma graduação nas universidades corporativas. Quando isso acontece, em geral, os cursos são oferecidos por instituições de ensino credenciadas pelo Ministério da Educação e que fazem parceria com as empresas. No currículo, além da grade tradicional, são acrescentadas matérias específicas da prática da companhia. "Nos EUA, onde a cultura das universidades corporativas já ganhou força, as matérias cursadas nessas instituições valem créditos nas faculdades tradicionais", afirma Carlos Monteiro, presidente do Grupo CM de Consultoria Educacional. A carga horária dos cursos de uma universidade corporativa pode variar de um fim de semana a até mais de dois anos. Em geral, o aluno recebe um certificado de conclusão, mas ele não tem o valor de um diploma de graduação. Ou seja, cursar a universidade corporativa não dispensa os estudantes de fazerem uma faculdade tradicional. A universidade corporativa também não requer um espaço físico para existir. Os cursos podem ser oferecidos por meio do ensino a distância. A Pirelli Pneus, por exemplo, irá treinar cerca de 7.000 funcionários de toda a sua rede de 1.200 revendas na América Latina por meio de um programa de e-learning. Do próprio terminal de computador do trabalho, o profissional poderá receber as aulas. Texto Anterior: Atualidades: Paramilitares depõem armas na Colômbia Próximo Texto: Universidade do Hambúrguer dá aulas gerenciais Índice |
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