São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2011
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No 3º dia, itens dificultam exame

Algumas questões podem vir com até três perguntas em nível crescente de complexidade

DE SÃO PAULO

Há quem morra de medo do terceiro e último dia da segunda fase da Fuvest.
Não é para menos. São longas quatro horas em que o aluno deve responder a 12 questões sobre conteúdos aprofundados e específicos das disciplinas mais afins com a carreira escolhida.
Não são só 12 questões difíceis. São 12 questões difíceis que podem ser compostas de dois ou três itens em nível gradual de complexidade.
De acordo com Maria Thereza Fraga Rocco, diretora-executiva da Fuvest, não há uma orientação para que as bancas elaborem questões subdividas. Mas, na prática, é o que tem acontecido.
"Isso depende da banca que propõe, mas não existe regra", diz Maria Thereza.
Segundo Daniel Simões, professor de geografia da Oficina do Estudante, com os itens, fica mais difícil obter a pontuação inteira. "É mais fácil de não zerar. Por outro lado, é mais difícil acertar a questão toda", afirma.
Isso porque o primeiro item costuma cobrar conhecimentos mais simples e os seguintes abordam aspectos mais aprofundados -nas disciplinas de humanas- ou continuação do raciocínio -nas que exigem cálculo.
"Dificilmente se o aluno não acertar a primeira ele vai ter condições de acertar a segunda", diz Maria Thereza.

ESPECÍFICAS
As 12 questões são divididas em duas ou três disciplinas -quatro ou seis questões para cada uma, portanto-, dependendo da carreira.
No caso de Fernando Lisboa, 19, que tenta uma vaga no curso de direito, as matérias do terceiro dia são história, geografia e matemática.
"O terceiro dia é minha maior preocupação. Além das [disciplinas de] humanas, que tenho mais afinidade, preciso fazer questões de matemática", lamenta.
Para quem, como Fernando, não gosta muito de fazer conta, o professor Elcio Bertolla, do CPV, alerta que a prova de química pode ser uma desagradável surpresa.
"Os cálculos que não apareceram na primeira fase devem aparecer agora", aposta.
Em física, diz o professor Ricardo Meca, até o ano passado a prova tinha uma divisão clássica: "30% de mecânica, 30% de eletricidade, 20% de termologia, 10% de óptica e 10% de ondas".
No ano passado, porém, houve predomínio de mecânica nos dois dias de prova.
Em matemática, assim como em física e química, deve-se redobrar a atenção nos cálculos do primeiro item, porque os subsequentes podem depender dele.
Em história, geografia e até biologia, os professores alertam para a necessidade de escrever de maneira clara.
"Mesmo que não saiba responder, escreve alguma coisa. Qualquer meio ponto faz diferença", orienta o professor de história Marcus Vinícius Moraes. (PG)


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