DA REDAÇÃO

Um dos mais tradicionais de São Paulo, o trote na Faculdade de Direito do largo São Francisco dura os dois dias de matrícula e mais duas semanas.
A matrícula será realizada nos próximos dias 11 e 12 e as aulas começam no dia 25. Na primeira semana, a direção da faculdade organiza com o centro acadêmico e a representação discente palestras e a apresentação da faculdade aos novatos.
Há um mês, os veteranos vêm preparando como será a recepção dos ingressantes. Além de cortar o cabelo e pintar o rosto deles, os veteranos levam os homens para tomar banho na fonte da praça da Sé -"brincadeira" que já foi alvo de reclamações de antigos calouros.
O quintanista Mathias Xavier, membro do centro acadêmico, diz, porém, que agora somente entra na fonte quem aceita. "Perguntamos antes e levamos só quem quer ir."
O "pedágio" -quando os calouros pedem dinheiro nos cruzamentos de trânsito e repassam a arrecadação aos veteranos- também acontece e, com o dinheiro arrecado, calouros e veteranos vão tomar cerveja nos arredores da instituição.

Memória
Em 1999, a USP proibiu a realização de "trotes violentos" -com brincadeiras feitas contra a vontade dos calouros- depois que o novato Edison Tsung Chi Hsueh, então com 22 anos, foi encontrado morto na piscina da Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz, da Faculdade de Medicina da USP, depois de um churrasco com os veteranos.


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