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ATUALIDADES
Néstor Kirchner: a nova esperança argentina
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Com a renúncia de Carlos Menem, que se negou a disputar o
segundo turno das eleições, assumiu a Casa Rosada Néstor Kirchner, líder peronista da Aliança
Frente para a Vitória. Kirchner
chega ao poder com 22% dos votos recebidos no primeiro turno,
disposto a inaugurar uma nova
era na política portenha: "Quero
uma Argentina normal, com esperança e otimismo".
Kirchner, 53, como Menem, declara-se herdeiro político de Juan
Domingo Perón (1895-1974), pai
do "justicialismo", a revolução
social em prol dos descamisados.
Menem, que abandonou o processo eleitoral, governou a Argentina por uma década (1989-1999).
No início, alcançou a estabilidade
econômica com a paridade dólar-peso e a redução dos gastos públicos. Controlou a inflação e reestruturou o país segundo o receituário neoliberal (privatização e
abertura de mercado). Reeleito,
passou a enfrentar problemas
com a estagnação econômica, o
alto índice de desemprego e denúncias de corrupção.
Seu sucessor, Fernando de la
Rúa, renunciou em dezembro de
2001, antes de cumprir seu mandato. Domingo Cavallo, ministro
da Economia, determinou a limitação dos saques em contas correntes, o "curralito", provocando
a revolta do povo argentino, que
promoveu saques e depredações e
exigiu a renúncia do presidente.
Eduardo Duhalde foi eleito pelo
Congresso em janeiro de 2002
com a missão de concluir o mandato de De la Rúa, estabilizar o
país e marcar novas eleições.
Kirchner assume o país disposto a revitalizar a economia e a lutar contra a corrupção e contra as
desigualdades sociais. Depois de
visitar o Brasil e receber o apoio
de Lula, Kirchner deixou claro
que pretende fortalecer as relações econômicas com o país, revigorar o Mercosul e investir na integração da América Latina.
Roberto Candelori é professor do
Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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