DA REPORTAGEM LOCAL

O aprendizado está diretamente relacionado com a memória. O termo memória implica codificar, armazenar e recuperar a informação. Segundo a fonoaudióloga Ana Maria Alvarez, uma pessoa só tem certeza de que aprendeu algo quando consegue fazer uma releitura do que estudou usando as próprias palavras.
"Isso significa que ela armazenou os dados e é capaz de recuperá-los na memória. O conteúdo foi entendido, não decorado, por isso ela pode reproduzi-lo."
No processo de memorização, as pessoas aprendem por analogia, fazendo algum tipo de comparação, relacionando as novas informações e associando-as com aquelas que já estão guardadas. "Por isso memorizar significa estar completamente presente ao que acontece, com todos os sentidos em alerta, concentrado", diz.
Mas o que na teoria é muito claro e simples, na prática, é um pouco mais complexo. Para um adolescente, estar 100% presente em todas as aulas e todos os dias é uma missão difícil. "Toda atividade de atenção e memória está relacionada aos hormônios e à maturidade. É natural que os adolescentes se dispersem mais facilmente que os adultos", explica a fonoaudióloga. "Mas, para aqueles que passam do limite e se distraem com um lápis caindo no chão, há exercícios que ajudam a desenvolver a concentração."
O hábito, segundo ela, interfere na capacidade de concentração. "Nem sempre é negativo permitir que a criança estude com o rádio ligado. Estar habituada ao acontecimento simultâneo de suas coisas faz com que ela desenvolva o poder de concentração."


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