São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002
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MUDANÇA DE CURSO

USP abre inscrições para exame de transferência

ALUNOS PODEM SE INSCREVER DE 10 A 21 DESTE MÊS PARA TENTAR VAGA NA UNIVERSIDADE

Márcio Fernandes/Folha Imagem
MAIS FÁCIL Alyne Simões, que fez a prova de transferência em 2001 e achou-a mais tranqüila que um vestibular

ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem já está fazendo um curso de graduação e quer estudar na USP não precisa, necessariamente, fazer um novo vestibular. Da próxima segunda-feira até o dia 21, a USP estará com inscrições abertas para seu processo de transferência -são 986 vagas.
A transferência para 2003, assim como vem sendo feita desde 2001, terá duas fases. Na primeira, elaborada pela Fuvest, os alunos das áreas de humanas, exatas e biológicas farão provas diferentes (mas todas com 80 testes) em, no máximo, quatro horas.
A segunda etapa é desenvolvida em cada unidade de ensino, que decide como será a prova e quais disciplinas serão cobradas. Até a seleção para 2000, a transferência da USP era composta apenas desse tipo de processo seletivo.
"A Fuvest foi chamada para fazer uma pré-seleção porque as unidades não tinham condição de fazer provas para muita gente. Agora, a Fuvest entrega às unidades só três candidatos por vaga para que elas terminem a seleção", disse José Coelho Sobrinho, coordenador da Fuvest.
Apesar de muitas vezes a concorrência ser maior do que no vestibular da Fuvest, Coelho acredita que a prova de transferência seja menos traumática. "A pessoa já está em uma faculdade e não precisa rachar de estudar porque, em geral, o que cai na prova são matérias que ela está estudando."
Não foi o que ocorreu com Fernanda Kwast Yazbek, 22, que venceu uma concorrência de mais de cem candidatos por vaga para o curso de direito noturno. "Eu queria muito entrar em direito e tive de estudar como não estudava desde quando entrei na faculdade", disse ela, que fazia arquitetura na USP. No ano passado, ela estudava à tarde para a prova de transferência e, de manhã, freqüentava um cursinho para se preparar para o vestibular. Como queria uma outra carreira, ela teve de ler vários livros jurídicos para conseguir fazer a segunda fase.
Diferentemente de Fernanda, que mudou porque não gostava do curso, Alyne Simões, 23, transferiu-se para a USP em 2001 porque quer seguir carreira acadêmica. "Eu quero fazer pesquisa e dar aulas. Isso é mais fácil para quem se forma na USP", disse ela, que antes fazia odontologia na Universidade de Mogi das Cruzes.



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