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Entidades de defesa de estudantes dizem que programa para carentes é limitado
DA REPORTAGEM LOCAL
Entidades de defesa dos estudantes carentes afirmam que o
número de isenções é menor do
que o necessário para atender os
alunos de baixa renda. As associações defendem que devem ser beneficiados todos os estudantes
que requisitarem a gratuidade da
taxa de inscrição no vestibular.
"Quando um aluno pede a isenção da taxa, isso significa que ele
não possui recursos para pagar a
inscrição. Não é lógico deixar um
ou outro sem o benefício", diz Vanessa Pinheiro, representante da
Associação de Educadores da
USP. Para ela, seria necessário
que a Fuvest, no mínimo, dobrasse o número de isenções.
Segundo ela, o ideal seria que
não houvesse nenhum limite do
número de benefícios, pois a restrição inibe alguns estudantes de
procurar a universidade. "O aluno carente acredita que não vá ter
chance de ser selecionado e desiste do processo."
Esse argumento também é sustentado por frei David, diretor-executivo da Educafro. Segundo
ele, a demanda é de cerca de 90
mil inscrições gratuitas na Fuvest.
"Basta ressaltar que, no Estado de
São Paulo, formam-se todos os
anos 540 mil estudantes no ensino
médio da rede pública."
Em 2002, afirma frei David, cerca de 2.000 estudantes da Educafro que solicitaram a isenção ficaram sem o benefício. Foi o caso da
estudante Lidiana Rodrigues de
Souza, 19, que concorre a uma vaga em enfermagem. Segundo ela,
a renda de sua família (três pessoas) é de R$ 400. Pediu a isenção
e não foi selecionada. Por esse
motivo, diz, não teve como fazer
inscrição para o vestibular.
Para Marisa Luppe, diretora da
Coseas da USP, o número de benefícios oferecidos pela Fuvest
neste ano atende quase à totalidade da demanda dos candidatos.
Segundo ela, a média dos últimos
dois anos foi de cerca de 23 mil
qualificados e essa foi a base do
cálculo para a concessão das isenções. Em 2002, foram concedidos
15.800 isenções de taxa -800 a
mais que o previsto inicialmente.
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