São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002
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EM BUSCA DO SONHO

Vestibulandos carentes enfrentam duplo desafio

Cristiana Castelo Branco/Folha Imagem
O estudante de escola pública e feirante Roberto Laureano, que sonha fazer o curso arquitetura


ESTUDANTES TENTAM SUPERAR DIFICULDADE ECONÔMICA PARA ENTRAR NA UNIVERSIDADE

LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

Seis anos depois de ter abandonado os estudos -em virtude de um acidente no qual teve quatro dedos amputados-, o feirante Roberto Laureano, 31, não desiste de buscar o seu sonho: entrar em um curso de arquitetura.
Mesmo ciente de que deverá buscar fora da sala de aula um complemento ao curso que freqüenta na rede pública e dispondo de pouco tempo para os livros, não deixa de perseguir sua meta. Diferentemente dele, muitos estudantes que enfrentam dificuldades, como a falta de recursos financeiros e de informação, renunciam ao desejo de fazer uma faculdade, pois não acreditam que vão ter chances de passar no vestibular nem que vão poder arcar com os custos de uma instituição privada. Segundo Fabiano Fonseca da Silva, psicólogo do serviço de orientação profissional da USP, a falta de informação é uma das principais razões para que isso ocorra.
Muitos estudantes desconhecem a existência de grandes vestibulares e a possibilidade de recorrer ao financiamento estudantil do MEC ou a bolsas oferecidas pelas instituições públicas e privadas. Na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), por exemplo, 26% dos 21 mil estudantes recebem alguma bolsa.
Para Silva, a melhor maneira de o aluno carente vencer as dificuldades é formar grupos de estudo e procurar informar-se, por exemplo, em cursinhos comunitários.



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