São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002
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Conteúdo fraco compromete discussão do tema

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O texto inicia-se com períodos descritivos, como se fosse uma crônica. A dissertação deve partir de um tópico frasal em que se proponha um problema a ser discutido. O texto como um todo peca por manter certo tom apático.
Dizer que a escolha de um candidato é difícil para quem nunca votou e, "principalmente, para aqueles que não suportam política" é banalizar a discussão. Votar, decidir os caminhos a serem percorridos pelo país, é cuidar da própria vida. Trata-se antes de um exercício explícito da cidadania que de mero diletantismo de quem aprecia o debate político. Aqueles que dizem "não suportar política" correm o risco de se tornarem alienados.
Ao fazer uma dissertação, é preciso valorizar o tema em pauta, procurar seus vários aspectos, problematizá-lo. O texto acabou enfocando, de maneira acrítica, a estratégia dos candidatos em busca de votos. Demonstra também uma incômoda aceitação do comportamento dos políticos que usam da religiosidade, da humildade e da simplicidade para alcançar seus objetivos imediatos. Na verdade, segundo o texto, esse padrão de comportamento estende-se a todos os políticos.
Uma idéia curiosa, que poderia ter sido desenvolvida, vem no fim do texto, quando se diz que o otimismo das promessas de campanha é positivo por levar o povo a crer em seu poder de transformar o mundo. Conclui com um alerta sobre a importância de escolher criteriosamente os candidatos, embora a argumentação não tenha seguido esse caminho.
Faltou consistência e organização das idéias.



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