Formado em engenharia aeronáutica pelo ITA, o astronauta Marcos César Pontes falou por telefone à Folha e deu dicas para quem quer seguir na área. Em março do ano passado, Pontes foi o primeiro brasileiro a ir ao espaço. Ele passou oito dias em órbita, na ISS (Estação Espacial Internacional).

FOLHA - Qual foi a importância do curso na sua carreira?
MARCOS CÉSAR PONTES - O curso de engenharia aeronáutica serviu para mim como uma extensão da parte operacional. Eu já era piloto de testes na época que ingressei no ITA. Foi um complemento que eu busquei também porque sempre tive esse sonho de conhecer a parte técnica das aeronaves de forma mais aprofundada.
E quando se conhece bem a parte técnica, a pilotagem melhora, da mesma forma que quando se é piloto é mais fácil de entender todos os elementos da engenharia.

FOLHA - Que dicas o senhor dá para quem pretende iniciar o curso?
PONTES - O curso envolve várias disciplinas e o mais importante é gostar de estudar. Também tem de gostar de matemática, de computação e de visitar aeroportos, de olhar os aviões e de voar.
Fazer um curso de pilotagem também é bastante útil para quem estuda engenharia aeronáutica. Sentir como os princípios teóricos funcionam no vôo ajuda muito a entender o processo como um todo.


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