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ATUALIDADES
Bush anunciou novas sanções contra Cuba
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Empenhado em melhorar a sua
imagem perante o eleitorado
cubano-americano da Flórida, o
presidente dos EUA, George W.
Bush, anunciou o endurecimento
do embargo econômico a Cuba.
No 135º aniversário do início das
guerras de independência contra
a Espanha, Bush gritou em espanhol: "Cuba será pronto libre de
nuevo. Viva Cuba libre!".
As restrições, que, segundo a
Casa Branca, pretendem "provocar uma transição para a democracia" em Cuba, são um reforço
ao embargo econômico que já dura mais de 40 anos. As novas medidas pretendem dificultar as viagens de americanos à ilha, intensificar as transmissões de mensagens anticastristas da Rádio e Televisão Martí e conceder mais vistos para cubanos que desejem
abandonar o país. Cria a "Comissão Presidencial para Ajuda a
uma Cuba Livre", sob a coordenação do secretário Colin Powell.
O embargo econômico imposto
pelos EUA contra Cuba desde os
anos 60 determinou que todas as
nações da América rompessem
relações diplomáticas com Havana. Depois, outras restrições foram impostas. Em 1992, a Lei Torricelli proibia a entrada em portos
norte-americanos por seis meses
de navios de qualquer bandeira
que tivessem atracado na ilha. Em
1996, foi a vez da Lei Helms-Burton, que reforçou as sanções internacionais contra Cuba e passou a impedir o ingresso nos EUA
de funcionários de companhias
que mantivessem relações comerciais com Havana.
Até mesmo a Lei de Ajuste Cubano, de 1966, que assegura direitos especiais aos dissidentes que
alcançarem os EUA, foi retomada. Atento às eleições de 2004,
Bush disse que vetará qualquer
iniciativa de flexibilização das restrições. A influente comunidade
cubana da Flórida agradece, afinal, pode mais uma vez fazer a diferença na reeleição de Bush.
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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