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Tendência do vestibular é tirar separação entre as matérias
DA REPORTAGEM LOCAL
O vestibulando que for tentar
ser aprovado na USP daqui a quatro anos poderá encontrar uma
prova sem divisão entre as matérias, como no Enem. Mesmo
mantendo a separação, a tendência de interdisciplinaridade já pode ser notada em algumas questões dos grandes vestibulares.
"Muito lentamente, a Fuvest está introduzindo a interdisciplinaridade no exame. Há três anos,
não tínhamos isso. Hoje, já há
questões de uma matéria que podem envolver outras", disse Roberto Costa, assessor da Fuvest.
Segundo ele, as mudanças não
podem ser feitas muito rapidamente porque "causariam confusão" no ensino médio. "As escolas
ensinam os alunos por matérias.
Temos de dar tempo para o ensino médio se adaptar. Os próprios
elaboradores foram formados
com separação, então, é algo difícil de conseguir de uma hora para
a outra", disse ele.
O impacto no ensino médio é o
que também impede a Vunesp de
aplicar exames sem divisão entre
as disciplinas. "O modelo de vestibular adotado tem de ser um reflexo do ensino que é ministrado
nas escolas, e não o ensino ser um
reflexo do modelo de vestibular.
Nós sempre estamos monitorando as mudanças no ensino médio
e nos livros didáticos. Por enquanto apenas uma minoria ensina de forma interdisciplinar", disse Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp.
Segundo ele, por enquanto, a interdisciplinaridade é feita de forma limitada nos exames. "De dez
questões, só duas ou três são interdisciplinares, mas não há indicações a esse respeito para as bancas que elaboram os exames."
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