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Redação não é considerada em avaliação
DA REPORTAGEM LOCAL
Como não conta pontos na
maioria dos vestibulares de instituições públicas, a redação do
Enem deve ser feita por último
pelos candidatos que priorizam
esses processos seletivos. Mesmo
assim, eles não devem deixar de
fazê-la, pois servirá, pelo menos,
como um treino.
"É difícil recomendar para uma
pessoa não fazer a redação, mas,
se o que ela quer é passar no vestibular, tem de ser pragmática. É
melhor dedicar o tempo para ter
uma nota maior nos testes, respondendo e revisando com calma, e fazer a redação no tempo
que sobrar", disse Sezar Sasson,
coordenador do simulado do
Enem do Anglo.
Mesmo concordando que a
produção do texto deve ser feita
no final, a coordenadora do Objetivo Vera Lúcia da Costa Antunes
afirma que o vestibulando não deve "jogar fora a nota da redação".
"Em muitas faculdades particulares, a nota da redação do Enem
substitui a da redação do vestibular. As cinco horas são suficientes
para fazer os 63 testes e produzir o
texto", disse ela.
Segundo Roberto Costa, da Fuvest, a nota da redação não é usada no vestibular para ingresso na
USP porque o candidato já tem de
produzir um texto no processo
seletivo e não há necessidade de
uma outra avaliação igual.
Além disso, há um problema
prático. A correção da redação
costuma demorar muito mais do
que a da parte objetiva, que é feita
por máquinas. Como a nota do
Enem é usada para determinar
quem passa para a segunda fase,
haveria o risco de as notas não estarem disponíveis a tempo.
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