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ATUALIDADES
Aumenta a tensão entre China e Taiwan
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Os EUA preveniram Taiwan de
que não deve fazer o referendo,
marcado para março, para exigir
que a China retire os mísseis balísticos direcionados para o seu território. Uma consulta agora poderia fortalecer o movimento que
defende a independência de Taiwan. Após mais de 50 anos de separação, Pequim considera a ilha
uma província rebelde e insiste na
reunificação territorial.
A antiga ilha de Formosa foi oficialmente reintegrada à China
após a rendição do Japão, em
1945, depois de meio século de
domínio japonês. Com o colapso
das forças nacionalistas no início
dos anos 40, derrotadas pelos comunistas sob o comando de Mao
Tse-tung, Chiang Kai-Shek, líder
do Partido Nacionalista Chinês
(Kuomintang), refugiou-se em
Formosa e, sob a proteção dos
EUA, proclamou, em 1949, a República da China. Mas sua intenção era reconquistar a China continental, a então República Popular da China, comunista.
Durante os anos 60, com o
apoio dos EUA, Taiwan deu um
vigoroso salto industrial como
país exportador e ficou conhecido
como um dos "tigres asiáticos".
Em 1971, interessados numa
aproximação estratégica com a
China, os EUA aprovaram a entrada da potência comunista na
ONU, substituindo a China nacionalista, que acabou isolada
politicamente.
Fragilizado e incapaz de garantir a soberania do seu território
com suas próprias forças, Taiwan
é refém do diálogo entre Washington e Pequim. E, embora funcione como um país independente, não é reconhecido pela ONU
devido ao veto chinês. O presidente George W. Bush, sob pressão da China, advertiu Taipé para
que abandone a idéia de reacender o movimento pela independência. Mas o presidente Chen
Shui-bian declarou que pretende
realizar o "referendo defensivo".
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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