São Paulo, quinta-feira, 15 de janeiro de 2004
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ATUALIDADES

Aumenta a tensão entre China e Taiwan

ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os EUA preveniram Taiwan de que não deve fazer o referendo, marcado para março, para exigir que a China retire os mísseis balísticos direcionados para o seu território. Uma consulta agora poderia fortalecer o movimento que defende a independência de Taiwan. Após mais de 50 anos de separação, Pequim considera a ilha uma província rebelde e insiste na reunificação territorial.
A antiga ilha de Formosa foi oficialmente reintegrada à China após a rendição do Japão, em 1945, depois de meio século de domínio japonês. Com o colapso das forças nacionalistas no início dos anos 40, derrotadas pelos comunistas sob o comando de Mao Tse-tung, Chiang Kai-Shek, líder do Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang), refugiou-se em Formosa e, sob a proteção dos EUA, proclamou, em 1949, a República da China. Mas sua intenção era reconquistar a China continental, a então República Popular da China, comunista.
Durante os anos 60, com o apoio dos EUA, Taiwan deu um vigoroso salto industrial como país exportador e ficou conhecido como um dos "tigres asiáticos". Em 1971, interessados numa aproximação estratégica com a China, os EUA aprovaram a entrada da potência comunista na ONU, substituindo a China nacionalista, que acabou isolada politicamente.
Fragilizado e incapaz de garantir a soberania do seu território com suas próprias forças, Taiwan é refém do diálogo entre Washington e Pequim. E, embora funcione como um país independente, não é reconhecido pela ONU devido ao veto chinês. O presidente George W. Bush, sob pressão da China, advertiu Taipé para que abandone a idéia de reacender o movimento pela independência. Mas o presidente Chen Shui-bian declarou que pretende realizar o "referendo defensivo".


Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br


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