ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma coalizão diplomática que inclui a ONU (Organização das Nações Unidas), a União Européia e a Rússia, sob a coordenação dos Estados Unidos, apresentou um novo plano de paz para o Oriente Médio. Denominado "mapa da estrada", o documento propõe o cumprimento de três etapas. Ao final dessas etapas, em 2005, um Estado palestino, "soberano, independente e democrático", deverá surgir.
A primeira etapa estabelece que a Autoridade Palestina (AP), sob o comando do novo primeiro-ministro, Mahmoud Abbas (também conhecido como Abu Mazen), concentre esforços no combate à violência contra alvos israelenses. Israel, em contrapartida, deve comprometer-se com o fim das ações retaliatórias e com o desmantelamento dos assentamentos construídos em Gaza e na Cisjordânia a partir de 2001.
Um Estado palestino será criado com "fronteiras provisórias" e parcial soberania durante a segunda fase, cuja duração está prevista para seis meses.
Finalmente, na última etapa, com duração estimada de dois anos, israelenses e palestinos deverão resolver as controvérsias pendentes: o estabelecimento de fronteiras definitivas para o futuro Estado, a questão dos refugiados e o status de Jerusalém.
Com entrada em vigor prevista para dezembro deste ano, o "mapa da estrada" vem sofrendo agressões de setores radicais de ambos os lados.
Os atentados suicidas perpetrados por extremistas e a retaliação das forças de Israel desafiam a implementação de mais uma tentativa de paz na região do Oriente Médio.