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REDAÇÃO DO LEITOR
Estudante polemiza com secretário de Segurança do Rio
THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O texto, desde o título, empenha-se na busca do "culpado" da situação precária em que se encontra a população, à mercê do Estado paralelo instituído pelo narcotráfico. Embora não seja a melhor abordagem do problema, a declaração
do secretário de Segurança do Rio leva a esse tipo de bate-boca. Afinal, de quem é a culpa?
A questão é que, posta assim,
a discussão tende a ser estéril.
Melhor seria buscar as causas
do problema e as possíveis soluções para ele. Cabe, sim, o
que o estudante, de fato, fez:
mostrar que o secretário tenta
esquivar-se de sua responsabilidade, transferindo-a aos
usuários de drogas. É evidente
que, se não houvesse usuário e
proibição de uso, não haveria
tráfico. O raciocínio do secretário é, no mínimo, simplista,
pois ignora uma parte importante do problema.
O texto posiciona-se claramente contra a declaração do
secretário e mantém a unidade
do princípio ao fim. Mas ainda
carece de domínio do vocabulário -entre outros exemplos,
Anthony Garotinho deveria ter
sido apresentado como o secretário de Segurança do Rio
de Janeiro. Também é necessário fundamentar as idéias: por
que o secretário deseja obter
espaço na mídia?
O parágrafo de conclusão está confuso e repetitivo. Note
que o início e o fim do texto devem ser especialmente claros,
pois indicam a abertura e o fechamento de um raciocínio.
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da
Folha. E-mail:
tnicoleti@folhasp.com.br
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