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Até sistema de múltipla escolha pode variar em algumas cidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Em vez de cinco alternativas, sete. No lugar das letras de A a E, números como 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64.
Apesar de estarem acostumados
com o modelo de prova de múltipla escolha aplicado pela Fuvest e
pela Vunesp, o candidato que viajar para fazer alguns exames de
outros Estados encontrará formatos diferentes.
Na UFSC (Universidade Federal
de Santa Catarina), por exemplo,
é utilizado o sistema de somatória, semelhante ao usado também
pelas universidades federais do
Paraná e da Bahia. Para cada
enunciado, há sete alternativas,
que, eventualmente, podem estar
todas corretas. Segundo Edemir
Costa, presidente da comissão
que organiza o vestibular da
UFSC, em média, há cinco alternativas certas por questão.
Para responder, o vestibulando
seleciona as que estão corretas e
soma os números das alternativas
(como os que estão no começo
deste texto). O valor resultante,
entre 1 e 99, deve ser anotado na
folha de respostas.
De acordo com Costa, o método
tem a vantagem de conseguir cobrar uma amplitude maior de
conteúdos em um menor número
de questões. "Em cada alternativa, pode haver um assunto diferente relacionado ao tema do
enunciado", disse ele.
Mesmo que o vestibulando não
selecione todas as alternativas
corretas, ele ganha pontos se escolher algumas. Mas, para evitar
chutes, se for somado um número
correspondente a uma alternativa
errada, o candidato não pontua.
"O sistema de alternativas de A
a E favorece o chute. Com o nosso, é preferível o candidato não
chutar, porque corre o risco de
não ganhar pontos", disse Costa.
No sistema usado pela Fuvest e
pela Vunesp, o vestibulando tem
20% de chance de acertar a resposta, mesmo que não saiba absolutamente nada da questão.
Desconto para erros
Também para evitar chutes, a
UFPel (Universidade Federal de
Pelotas) desconta, para cada
questão errada, o equivalente a
5% dos pontos ganhos com uma
certa. Caso não saiba a resposta,
além das alternativas de A a E, há
uma outra, dizendo "Ignoro a resposta", que, se escolhida, não tira
pontos do candidato.
Como o desconto é baixo (é preciso chutar 20 perguntas erradas
para descontar o valor de uma
certa), é preferível arriscar quando o candidato fica em dúvida,
por exemplo, entre duas alternativas. De acordo com Luiz van der
Laan, presidente da comissão responsável pelo exame, o desconto
é baixo para evitar que os candidatos fiquem nervosos.
(AN)
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