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      São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2003
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Até sistema de múltipla escolha pode variar em algumas cidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Em vez de cinco alternativas, sete. No lugar das letras de A a E, números como 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64. Apesar de estarem acostumados com o modelo de prova de múltipla escolha aplicado pela Fuvest e pela Vunesp, o candidato que viajar para fazer alguns exames de outros Estados encontrará formatos diferentes.
Na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), por exemplo, é utilizado o sistema de somatória, semelhante ao usado também pelas universidades federais do Paraná e da Bahia. Para cada enunciado, há sete alternativas, que, eventualmente, podem estar todas corretas. Segundo Edemir Costa, presidente da comissão que organiza o vestibular da UFSC, em média, há cinco alternativas certas por questão.
Para responder, o vestibulando seleciona as que estão corretas e soma os números das alternativas (como os que estão no começo deste texto). O valor resultante, entre 1 e 99, deve ser anotado na folha de respostas.
De acordo com Costa, o método tem a vantagem de conseguir cobrar uma amplitude maior de conteúdos em um menor número de questões. "Em cada alternativa, pode haver um assunto diferente relacionado ao tema do enunciado", disse ele.
Mesmo que o vestibulando não selecione todas as alternativas corretas, ele ganha pontos se escolher algumas. Mas, para evitar chutes, se for somado um número correspondente a uma alternativa errada, o candidato não pontua.
"O sistema de alternativas de A a E favorece o chute. Com o nosso, é preferível o candidato não chutar, porque corre o risco de não ganhar pontos", disse Costa.
No sistema usado pela Fuvest e pela Vunesp, o vestibulando tem 20% de chance de acertar a resposta, mesmo que não saiba absolutamente nada da questão.

Desconto para erros
Também para evitar chutes, a UFPel (Universidade Federal de Pelotas) desconta, para cada questão errada, o equivalente a 5% dos pontos ganhos com uma certa. Caso não saiba a resposta, além das alternativas de A a E, há uma outra, dizendo "Ignoro a resposta", que, se escolhida, não tira pontos do candidato.
Como o desconto é baixo (é preciso chutar 20 perguntas erradas para descontar o valor de uma certa), é preferível arriscar quando o candidato fica em dúvida, por exemplo, entre duas alternativas. De acordo com Luiz van der Laan, presidente da comissão responsável pelo exame, o desconto é baixo para evitar que os candidatos fiquem nervosos. (AN)


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